Três perguntas: PIB do 2º trimestre – destaques e perspectivas

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Cecilia Machado (foto divulgação BOCOM BBM)
Cecilia Machado (foto divulgação Bocom BBM)

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2021, divulgado pelo IBGE, ficou praticamente estável, -0,01%, comparado ao primeiro trimestre deste ano. No total, o PIB somou R$ 2,1 trilhões (agropecuária, R$ 180 bilhões; indústria, R$ 410,4 bilhões, e serviços, R$ 1,3 trilhão). No primeiro semestre, a alta acumulada ficou em 6,4%.

Conversamos com Cecilia Machado, economista-chefe do banco BOCOM BBM, sobre a sua avaliação sobre o PIB divulgado, os destaques e a sua expectativa para 2021. Segundo o último boletim Focus, publicado pelo Banco Central no dia 30 de agosto, o mercado espera um crescimento do PIB de 5,22% para 2021 e de 2% para 2022.

 

Como você avalia o resultado do PIB do 2º trimestre?

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O resultado do PIB do 2º trimestre veio abaixo das nossas expectativas e das expectativas do mercado, frustrando a percepção de que a economia no 2º trimestre continua em processo de recuperação acelerado.

 

Na sua opinião, quais foram os principais destaques positivos e negativos do PIB divulgado?

Entre os destaques negativos estão a queda da agropecuária (-2,8%) e uma recuperação do setor de serviços mais lenta (0,7%). O consumo das famílias, que responde pela maior parte do resultado, ficou estagnado (0%). A contribuição do setor externo foi positiva, e ele segue sendo o fator importante para a recuperação da atividade (as exportações de bens e serviços cresceram 9,4%, e as importações recuaram 0,6%).

 

Qual a sua expectativa para o PIB do 3º e 4º trimestre? Quais deverão ser os principais drivers? Por que o crescimento do PIB esperado para 2022 é menos da metade do crescimento do PIB estimado para 2021?

Esperamos crescimento de 5,2% para 2021, com a continuação da recuperação e a reabertura da economia neste 2º semestre devido ao programa de vacinação, que vem avançando consistentemente.

Em relação a 2022, a expectativa de crescimento é menor, já que a trajetória de aperto monetário tem efeitos contracionistas e há riscos no cenário fiscal e de energia.

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