Três perguntas: serviços financeiros para startups e fintechs

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Bernardo Brites (foto divulgação Trace Finance)
Bernardo Brites (foto divulgação Trace Finance)

A Trace Finance é uma startup que foi montada para fazer um tipo de operação bastante comum no mercado financeiro, mas para um público específico e com problemas de atendimento: câmbio para fintechs, startups e exchanges de criptomoedas.

O nicho de mercado para o qual a Trace Finance montou o seu modelo de negócio respondeu rápido à proposta da empresa, que com menos de um ano de existência, já transacionou mais de R$ 100 milhões em operações de câmbio para aumento ou redução de capital, empréstimos, liquidação de serviços, e importação e exportação.

Conversamos com Bernardo Brites, CEO, sobre como era o atendimento deste mercado antes da companhia, a expansão dos negócios da startup e as perspectivas do mercado brasileiro de startups e fintechs. A empresa é devidamente autorizada pelo Banco Central do Brasil para realizar operações de câmbio.

 

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A Trace Finance começou fazendo operações de câmbio para o nicho de startups, fintechs e exchanges de criptomoedas. Esse mercado era atendido de forma satisfatória por bancos tradicionais e digitais? Quais eram as dores dessas empresas?

Os nichos de startups, fintechs e até exchanges de criptomoedas são desassistidos quando falamos do mercado de câmbio. O gap que encontramos foi justamente a falta de eficiência. Hoje, uma startup procura um grande banco para se cadastrar e realizar uma transação de câmbio, e essa negociação demora cerca de quatro semanas ou mais, especialmente na parte de documentação, que acaba sendo muito burocrática e até fora do escopo em alguns casos.

Além do onboarding lento, a realização da transação também conta com altas taxas de câmbio. Nós estamos falando de nichos que são altamente eficientes, escaláveis, que batem recorde de investimentos, mas ainda pouco interessantes para grandes bancos. A proposta da Trace Finance é fazer esse processo de forma simples, ágil e barata.

Hoje nós cobramos um décimo do que os bancos tradicionais cobram no Brasil para realizarmos transações de câmbio e executamos o processo em até dois dias. Além disso, todo o processo de onboarding e documentação é automatizado, diminuindo a burocracia de forma segura e totalmente regulada.

 

Como está a expansão dos serviços financeiros prestados pela Trace Finance? Como a empresa tem escolhido os serviços que são agregados ao seu portfólio?

Inicialmente, a Trace Finance tinha como objetivo apenas solucionar o problema de câmbio de startups que recebem investimentos fora do Brasil e precisam internalizar este dinheiro para operação no país. A partir do contato com esse mercado, a Trace percebeu que o câmbio era apenas a ponta do iceberg e notou a dificuldade das empresas recém-constituídas para criarem contas bancárias e terem acesso a crédito. Com isso, aumentou sua área de atuação, buscando resolver não apenas as barreiras impostas na parte de FX, mas principalmente na parte de banking.

 

Como vocês avaliam as perspectivas do mercado brasileiro de startups e fintechs?

O mercado de startups e fintechs, diferentemente de outros setores da economia, não foi afetado pela crise, pelo contrário. A projeção apenas para 2021 é que o volume aportado em startups seja superior a US$ 11 bilhões, apresentando um crescimento superior a 200% em relação ao ano passado.

O aumento da liquidez do mercado e o crescimento do e-commerce no período de pandemia são alguns dos motivos que ajudaram a surgir demanda por novas soluções tecnológicas. Com esse crescimento, a Trace busca oferecer soluções de banking e câmbio para essas startups, já que os grandes bancos não possuem uma estrutura e interesse para atendê-las de forma rápida e barata.

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