Trilhando novos caminhos

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Esta semana o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, mais uma vez, reduzir a taxa básica de juros (Selic). A decisão de manter os juros nos atuais 8,75% ao ano não surpreende e o consenso do mercado é de que o movimento pare por aí. Mas o lado interessante não é a decisão atual, mas, sim, a análise dos juros nos últimos anos. Atualmente, estamos experimentando um patamar da Selic nunca antes visto em toda história brasileira. Além de a taxa estar no menor nível da história, não há pressão inflacionária.
Em parte, a crise reduziu o consumo, o que levou o colegiado do Banco Central a reduzir os juros. Sim, é verdade. No entanto, se formos observar a última grande crise que o Brasil passou – em 2002, quando o presidente Lula foi eleito – o movimento foi exatamente o contrário. Na época, o grande medo estava relacionado com a fuga de capitais estrangeiros e ao elevado endividamento do governo. Agora, diante da melhora do Brasil, que já é grau de investimento para algumas agências, há a possibilidade de recuo das taxas.
Claro que a taxa de juros atual ainda é uma das maiores do mundo e os spreads bancários ainda impedem a “empolgação” do consumidor em pegar crédito. Mesmo assim, o que pretendo chamar a atenção hoje é sobre as conquistas da economia desde o início do Plano Real. Em março de 1999, logo após a desvalorização cambial, a diretoria do Banco Central, que tomou posse, trabalhou em duas grandes frentes. A primeira medida foi voltada para acalmar os mercados financeiros nervosos. A expectativa era de que uma subida da inflação poderia reduzir as taxas de retorno real da dívida pública. Este sentimento foi o primeiro a ser atacado. O Copom decidiu aumentar a Selic de 39% ao ano para 45% ao ano, tendo em conta que os contratos futuros para o próximo vencimento já eram 43,5%.
De 45% para 8,75% ao ano, não há como negar que conquistas ocorreram. A redução foi feita de forma gradual, com alguns solavancos marcados por crises, mas com credibilidade por parte do colegiado do Banco Central, parte essencial do regime de metas. No entanto, a economia brasileira encontra-se longe do céu de brigadeiro. Depois de vencer a luta com as altas taxas de inflação, o desafio que se põe aos governantes e pensadores de política econômica é o crescimento econômico.

Livro: “Onde está o Nexo?”
Escrito por um dos maiores especialistas em comunicação e interatividade no Brasil, Walter Longo, é pelo consultor Zé Luis Tavares, o livro traz constatações essenciais a todo o profissional disposto a tomar decisões adequadas para suas metas, em uma era em que criatividade e eficiência são pré-requisitos obrigatórios para o sucesso. A obra explora os diversos aspectos do nexo, ou a falta dele, na comunicação das empresas com seus diversos públicos de interesse. O marketing na era do Nexo: novos caminhos num mundo de múltiplas opções conta com 240 páginas e é uma publicação da editora BestSeller.

Colecionador de sucessos
De olho em um mercado crescente, a joint venture formada pelo Grupo Suzano com o português Sonae, anunciada nesta semana, permitiu a formação de uma das maiores empresas do mundo em corretagem de seguros e resseguros: a Lazam-MDS. Com a reestruturação do negócio, o Brasil passou a figurar, pela primeira vez na lista dos países que detém uma das maiores corretoras de seguros do mundo, um mercado onde os grandes players, em geral, pertencem aos EUA ou Inglaterra. A joint venture conta com uma carteira de prêmios superior a US$ 1,8 bilhão, e posiciona-se entre as quinze maiores do mundo, atuando em mercados de alto poder de crescimento. No total, são cerca de 1200 colaboradores em 21 países.
O crescimento da companhia vem sendo marcado por grandes aquisições. À frente das operações no Brasil está Eduardo Bom Ângelo (foto mais acima), profissional com 20 anos de experiência no mercado de seguros. O executivo vê boas oportunidades de crescimento através de novas aquisições, em um mercado pulverizado. Entretanto, a hora é de arrumar a casa, após a reestruturação dos negócios e novas aquisições ficam para 2010. “Temos acompanhado o mercado. Existem ativos de belíssima qualidade, mas novas operações devem ocorrer somente a partir de 2010”, explica. Ele lembra que no mercado brasileiro existem oportunidades de consolidação, ainda mais com o crescimento nos últimos 15 anos.
Apesar de não parar de prestar atenção nas oportunidades, Bom Ângelo não deixa de se dedicar a outras atividades. Ele também se dedica a auxiliar a área financeira do Palmeiras. Além disso, colecionador nato, o executivo aprecisa suas conquistas: tem 120 a 130 canetas, 350 camisas de futebol, de 400 a 500 caixas de fósforo e uma invejável coleção de carros antigos. “Dois deles estão para receber a placa preta”, conta o membro do Clube das Mercedez. A placa preta é conferida somente a carros com placas originais e deve ser dada a um Alpha Romeo e a uma Mercedez.
Quanto à coleção de canetas, ele explica que não gosta de repetir a mesma caneta por dois dias seguidos, mas curiosamente, na hora de escrever prefere lápis. Outro hobbie de Bom Ângelo é viajar. Nestes momentos, além de explorar a beleza de outros países, aproveita para ampliar suas coleções. Das camisetas de times de futebol, 27 são do Palmeiras, 40 são de seleções e exitem exemplares do mundo inteiro.
A Lazam-MDS também deve partir para colecionar sucessos em outros lugares do mundo. A capitalização recebida pela empresa, no valor de 67 milhões de euros, após a reestruturação, deve servir de pontapé inicial para que a empresa parta para novos mercados e aquisições. Além do Brasil, outros países latino-americanos estão na mira e a empresa tem alvos em Portugal, Espanha e Leste Europeu.
No Brasil, a empresa conta com um total de 530 colaboradores e a carteira de seguros atingiu um volume de prêmios de cerca de R$ 600 milhões. A Lazam-MDS vem atuando a partir de três grandes unidades de negócios: Autos e Patrimônio Pessoal, Riscos Empresariais e Benefícios. Está presente em todo o território nacional, atendendo cerca de 9 mil clientes empresariais (500 grandes e 8,5 mil pequenas e médias empresas) e mais de 700 mil individuais e possui também forte presença na assessoria de seguros e gerenciamento de riscos junto ao segmento de grandes empresas, além de reconhecida especialização em seguros de benefícios e de automóveis.

Ana Borges

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