Após 2,1 milhões de moradores de São Paulo ficarem sem luz, alguns por mais de sete dias, por causa de um temporal, a Enel (Entidade Nacional de Eletricidade) trocou seu presidente no Brasil, Nicola Cotugno, nessa quinta-feira.
De acordo com a Enel, a substituição já era prevista desde outubro e se refere à aposentadoria de Cotugno que estava no cargo nos últimos cinco anos. O novo presidente será Antonio Scala, executivo que já estava na empresa.
A Enel informa que Cotugno prorrogou a saída para 22 de novembro para “apoiar o processo de substituição e as recentes contingências”. Até que sejam concluídos os trâmites administrativos para nomeação de Scala, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assume o cargo interinamente.
A empresa atende mais de 15 milhões de clientes em distribuidoras nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Os problemas com a concessionária já acontecem desde que a Eletropaulo foi adquirida pela Enel em 4 de junho de 201 e se intensificaram a partir do dia 3 de novembro, quando moradores da capital sofreram com um apagão de luz após vendaval com mais de 100 km/h.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, conheceu os transtornos de um serviço privatizado e pediu, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato de concessão da energia elétrica com a Enel.
Para piorar, a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) solicitou um prazo maior para pagamento de impostos para atenuar o prejuízo estimado em R$ 500 milhões, a 14 mil empresas.
A entidade sindical federativa abarca 24 sindicatos patronais, que representam, aproximadamente, 250 mil estabelecimentos do setor. Destes, 50% estão na capital e região metropolitana e, pelo menos, 11% foram afetados pelo apagão, o correspondente a 13.750 empresas. A tempestade que atingiu São Paulo no feriado prolongado de Finados (2/11) motivou a interrupção do serviço. Muitos pontos no estado, incluindo a capital, ainda seguem sem o abastecimento de energia elétrica.
Paraty sem luz
O centro histórico de Paraty, no sul fluminense, ficou sem luz nesta quinta-feira, das 14h até quase 23h, devido a um desligamento provocado pela concessionária de energia Enel. A queda de energia prejudicou a operação de hotéis e restaurantes que ficam na região, segundo a prefeitura.
Segundo a empresa, um raio atingiu a linha de distribuição Mambucaba-Paraty no fim da tarde e provocou oscilação na rede que atende o município. Foi necessário desligar temporariamente de forma emergencial para realizar reparos na linha de distribuição. O fornecimento de energia foi retomado às 22h50.
Em nota a Enel informou que: “A companhia mobilizou todos os esforços para garantir a energia para a cidade. Técnicos da distribuidora atuaram em local de difícil acesso e densa vegetação, com fortes chuvas, no momento do reparo”.
“Estamos aqui sofrendo, em plena Flip, cheio de turistas visitantes do Brasil e do mundo. Aqui, a gente passando esse sufoco. Foi um caos no centro histórico”, afirmou o prefeito de Paraty, Luciano Vidal, em vídeo publicado em suas redes sociais, na noite desta quinta-feira.
Vidal afirmou que, na próxima segunda-feira (27), deve se reunir com outros prefeitos fluminenses para discutir uma ação judicial conjunta contra a Enel. O prefeito também buscará uma audiência com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já que, segundo ele, Paraty enfrenta muitos problemas de interrupção de energia há algum tempo.
No último sábado, um temporal deixou vários municípios do Rio de Janeiro ficaram sem energia. Em alguns locais, como bairros de Niterói e São Gonçalo, ficaram sem luz por vários dias.
Na quarta-feira, a Enel publicou uma nota com um pedido de desculpas à população que foi afetada pela falta de energia nos últimos dias.
Matéria editada às 12h48 para inserir informações do apagão em Paraty.
Com informações da Agência Brasil
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