Trump aprova no Congresso corte de impostos e de US$ 1 tri da saúde

Projeto é principal aposta do atual governo para orçamento e economia dos EUA

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Donald Trump (foto de Aaron Schwartz, Agência Xinhua)
Donald Trump (foto de Aaron Schwartz, Agência Xinhua)

O Congresso dos EUA concluiu hoje a votação do Projeto de Lei de Donald Trump que prorroga e expande o corte de impostos instituído em 2017 com capacidade de aumentar a dívida dos EUA em US$ 4,1 trilhões e o déficit primário em US$ 3,4 trilhões em 10 anos.

A medida deve beneficiar diversos setores e conglomerados econômicos do país, mas desmantela políticas ambientais e para transição energética aprovadas sob o governo Joe Biden (2020-2024).

O projeto foi aprovado hoje por uma diferença de apenas quatro votos. Na terça-feira, a votação no Senado terminou empatada em 50 contra 50, com três republicanos votando contra. O voto de desempate foi do vice-presidente J.D. Vance.

O projeto é, até o momento, a mais importante ação do segundo mandato de Trump para a economia e o orçamento do país. Segundo o republicano, o projeto vai impulsionar a economia e a criação de empregos por meio do corte de impostos, mas democratas sustentam que o projeto prejudica os mais pobres que precisam do Medicaid – seguro de saúde dos EUA. O texto sofreu resistência também de alguns republicanos que temem o impacto eleitoral do corte na saúde e ficaram incomodados com o possível aumento da dívida.

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Além dos cortes no Medicaid, o projeto de Trump corta recursos para vale-alimentação, educação, trabalho e outros benefícios sociais, como forma de compensar a redução de impostos para diversos setores.

Existe a previsão de que o corte de impostos aumente a dívida pública dos EUA em cerca de US$ 4,1 trilhões em 10 anos, ampliando o patamar que hoje está em 100% do PIB hoje para 127% em 2034. Já o impacto sobre o déficit primário nas contas públicas seria da ordem de US$ 3,3 bilhões nesse período.

Já o FMI criticou a lei orçamentária de Trump, que lembrou que Washington deveria aumentar os impostos, inclusive sobre a classe média, para reduzir o déficit orçamentário a níveis mais administráveis, exatamente o oposto do que prevê a lei em questão, que os reduz.

Com informações da Agência Brasil e da Europa Press

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