O presidente dos EUA, Donald Trump, reprovou o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, por sua “lentidão” e pediu sua renúncia à frente do órgão.
Em sua conta do ‘X’ ‘Truth Social’, o presidente dos EUA indicou que a demissão de Powell “não pode vir rápido o suficiente” e enfatizou que o Banco Central Europeu (BCE) reduzirá as taxas pela sétima vez, embora ele tenha reprovado que Powell deveria ter baixado “há muito tempo”.
De acordo com a Bloomberg, o mandato de Powell como presidente vai até maio de 2026, enquanto seu mandato como governador vai até fevereiro de 2028.
Nos últimos meses, a Casa Branca afastou altos funcionários da Comissão Federal de Comércio, do Conselho Nacional de Relações Trabalhistas e do Conselho de Proteção de Sistemas de Mérito.
“A crítica de Trump ao presidente do Fed aumenta o risco de interferência política na política monetária, o que pode desancorar expectativas e antecipar cortes de juros de forma imprudente”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
Já para Felipe Uchida, sócio da Equus Capital, “embora o Fed tenha resistido formalmente a pressões políticas em mandatos anteriores, inclusive durante o próprio governo Trump, os ruídos políticos seguem influenciando as expectativas de mercado e elevando a volatilidade dos ativos. A decisão sobre cortes de juros permanece sob responsabilidade do Fed, guiada por indicadores como inflação, emprego e crescimento.”
“Ainda assim, declarações como as de Trump criam uma narrativa de urgência que pode distorcer a percepção de risco e influenciar projeções de curto prazo. Para o Brasil, esse ambiente tende a tornar o câmbio mais volátil e aumenta a incerteza no controle da inflação, já que a política monetária local pode precisar reagir a choques externos mesmo em um contexto de desaceleração doméstica. No mercado de M&A e investimentos estratégicos, esse cenário reforça a importância de análises de sensibilidade macroeconômica e de um planejamento robusto de cenários para decisões de alocação.”
Com informações da Europa Press