O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou nesta segunda-feira que o Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (Cfius) revise a compra da US Steel pela japonesa Nippon Steel, apesar de ter se posicionado contra no início.
“Ordenei que o Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos realizasse uma revisão da aquisição da US Steel pelos compradores para me ajudar a determinar se seria apropriado tomar outras medidas sobre esse assunto”, disse ele.
A agência terá então 45 dias para fazer uma recomendação sobre se as medidas propostas pela US Steel e pela Nippon Steel “são suficientes para mitigar qualquer risco à segurança nacional”.
No mês passado, o governo Trump apresentou uma moção para estender dois prazos na ação judicial da US Steel e da Nippon Steel contra o painel de segurança nacional dos EUA para dar ao governo mais tempo para concluir as negociações de fusão com as empresas.
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Ainda nesta segunda-feira, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, falou com o presidente dos EUA por telefone para discutir as tarifas dos EUA, informou a mídia japonesa. Ishiba disse a Trump que eles deveriam buscar cooperação que possa beneficiar ambas as nações, não tarifas, e expressou preocupação de que as mudanças dos EUA poderiam enfraquecer a capacidade de investimento das empresas japonesas.
A ligação foi a primeira interação entre os dois líderes desde que Trump lançou um novo conjunto de impostos na quarta-feira passada, impondo uma tarifa básica de 10% sobre as importações de todos os parceiros comerciais e taxas mais altas sobre alguns. Com o Japão sendo punido com uma taxa de 24%, tornando-se uma das nações e regiões mais afetadas da lista, Tóquio tem feito lobby por uma isenção.
Após o telefonema, Ishiba disse aos repórteres que ele e Trump concordaram que a questão deveria ser discutida mais detalhadamente por seus ministros. Ishiba também disse que visitará os Estados Unidos “no melhor momento”.
Autoridades japonesas pediram repetidamente aos EUA que o isentassem das medidas tarifárias, enfatizando a posição do país como o maior investidor estrangeiro direto nos EUA por cinco anos consecutivos até 2023.
Com informações das agências Europa Press e Xinhua