Para mostrar que as novas matrizes renováveis de produção de energia, como a eólica, são insuficientes para atender à demanda no Brasil, o diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, lembrou que o vento nem sempre sopra a favor da produção: “O vento é filiado à CUT, de vez em quando faz greve. Daí a importância das hidrelétricas na matriz brasileira”, defende com bom-humor Samek.
Mais seguras
Sobre o impacto ambiental que seria causado pelas novas hidrelétricas, o diretor-geral de Itaipu disse que Turucuí possui “usinas plataforma” que se deslocam. E acrescentou que o grau de utilização do território em relação à floresta é de um centésimo. Samek defendeu ainda a renovação das atuais concessões no setor elétrico: “Uma usina envolve muita coisa e, ao saber que passará adiante a concessão, o concessionário acaba não fazendo investimentos de médio e longo prazo, resultando no sucateamento, como ocorreu com a Light pré-privatização”, lembrou.
Além da ficção
Além de mostrar que, para os brasileiros, o que combate a pobreza é, principalmente, gerar emprego, o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a percepção da pobreza expõe outra dessintonia entre a população e representantes da elite. Diferentemente dos criadores da “nova classe média” (NCM), para os quais residências que, independentemente do número de pessoas que abrigam, se tiverem renda de R$ 1 mil se constituem como a NCM, para os brasileiros do mundo real é preciso ter renda familiar mensal de R$ 2.090 para não ser considerado pobre, considerando uma família com, no mínimo, quatro membros.
Além da ficção 2
Isso significa uma renda familiar per capita de R$ 523: “Quando se compara esse valor à atual linha de pobreza, observa-se que ele é aproximadamente 3,5 vezes maior que o utilizado na operacionalização do Programa Bolsa Família (R$ 140) e 7,5 vezes a linha da extrema pobreza (R$ 70)”, destacou o Ipea no texto em que analisa a pesquisa.
Já entre os mais ricos, a renda per capita mínima para não ser considerado pobre é de ser de R$ 725; e, entre os mais pobres, de R$ 385.
Natal borbulhante
O setor de vinhos, espumantes, sidras e fermentados de frutas prevê que cerca de 60% da produção de espumantes nacional sejam comercializados no último trimestre. De janeiro a outubro, as vendas de espumantes das vinícolas gaúchas superaram em 8% o movimento do mesmo período do ano passado. Se incluídos os vinhos finos e de mesa, o crescimento das vendas sobe a 9,5%, com produção total de 198,6 milhões de litros.
Lata vira livro
“Troque uma latinha por um livro.” A campanha, que a Associação Semente Vida (ASVI), localizada na Cidade Deus, realizará até março de 2012, tem como objetivo estimular a leitura infantil e conscientizar os jovens sobre os cuidados com o meio ambiente. Cada latinha que as crianças encontrarem jogada na rua será trocada por um livro. O Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Rio (Sescon-RJ) está arrecadando livros infantis e infanto-juvenis para ajudar a campanha. Os interessados em participar devem realizar as doações na sede do Sescon-RJ (Avenida Passos 120, no Centro do Rio de Janeiro), no horário comercial.
Lição do Barcelona
Não é apenas o jornalismo econômico que, com a crise, passou a defender, com naturalidade, propostas até então demonizadas por ele, como o aumento dos gastos públicos. Também impressiona os analistas da mídia tupiniquim a ligeireza com que a imprensa esportiva, que elevara Neymar ao patamar de gênio, tenha esquecido os exagerados e precoces elogios derramados sobre o jovem e, por enquanto, apenas bom atacante do Santos. Ao mesmo tempo, os defensores do futebol pragmático ainda não explicaram o que os levou a passarem a defender o bonito e eficiente jogo praticado pelo Barcelona.