TV Digital avança, mas canal por assinatura ainda é considerado caro

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O uso da televisão pelos brasileiros vem sofrendo transformações e o rendimento tem impactado diretamente nos hábitos de consumo. As TVs de tubo estão sendo rapidamente substituídas pelas de tela fina – que já trazem conversor digital – e o número de lares que recebem o sinal de TV Digital (o que inclui também TV por satélite, como a SKY TV) chegou a 86,6% em 2018, ante 79,8% em 2017. Por outro lado, a proporção de domicílios com recepção de TV aberta por antena parabólica vem caindo, assim como a de lares com TV por assinatura, ainda considerada cara por 51,8% das famílias.

É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) que investigou, no quarto trimestre de 2018, o acesso à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Pela primeira vez, a pesquisa incluiu dados sobre rendimentos médio e sua relação com os diferentes tipos de serviços.

A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lucia Vieira, diz que há uma correlação positiva do rendimento com a posse de alguns bens. "Os domicílios com TV de tela fina têm rendimentos maiores do que os domicílios com TV de tubo. E o próprio meio de acesso ao sinal de TV digital varia de acordo com o rendimento. Nos domicílios com acesso por TV por assinatura, um serviço mais caro, o rendimento per capita é maior do que os domicílios que captam o sinal por antena parabólica. E varia também de acordo com a região. Em uma área rural, a instalação de parabólica tem menor custo do que a instalação de cabos de TV por assinatura", analisa a coordenadora do IBGE.

Em 2018, dos 71,7 milhões de domicílios particulares permanentes do país, em 96,4% havia televisão, ante 96,7%, em 2017, repetindo uma tendência de ligeira redução já revelada em 2016. O rendimento dos domicílios sem televisão (R$ 954) representava 58,9% daquele referente ao dos que tinham o aparelho de TV (R$ 1.620).

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A Região Norte continuou detendo o menor percentual de domicílios com televisão no total (92,3%). O Sudeste permaneceu com o maior resultado desse indicador no total (97,8%) e em área urbana (97,9%), enquanto que, na área rural, o percentual mais elevado foi o da Região Sul (96,0%).

Maria Lucia Vieira observa que, a partir de 2012, começaram a ser produzidos no Brasil televisores de tela fina já com conversor de TV digital integrado.

A PNAD aponta que o número de lares com televisores de tela fina subiu de 49 milhões para 53 milhões (de 69,8% para 74,3%) e os com TV de tubo caiu de 27 milhões para 23 milhões (de 38,8% para 31,9%) na passagem de 2017 para 2018.

A migração entre os dois tipos de aparelho é acelerada. A parcela dos que tinham somente televisão de tela fina estava em 52,3%, em 2016, subiu para 57,9%, em 2017, e alcançou 64,5%, em 2018. Já o percentual dos domicílios em que havia somente televisão de tubo estava em 32,2%, em 2016, caiu para 27,0%, em 2017, e baixou para 22,1%, em 2018.

"A concentração de domicílios apenas com TV de tubo é maior no Norte e no Nordeste. E o rendimento médio é menor (R$ 1.008) do que nos domicílios que têm somente TV de tela fina (R$ 1.875)", observa Alessandra Scalioni Brito, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

 

Com informações da Agência IBGE de Notícias

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