É impressionante a falta de critérios e bom senso dos dirigentes da

150

Comissão de Valores Mobiliários e da Bolsa de São Paulo. Por diversas vezes, alguns jornais publicaram informações importantes sobre determinadas empresas, principalmente denúncias sobre determinadas operações, e nada acontece. Porém, quando a notícia sai num jornal de noticiário geral, absurdamente é decretada a suspensão das negociações com as ações da companhia citada. E este tipo de besteira tem de acabar o mais rápido possível, pois os acionistas é que são os únicos prejudicados. Por exemplo, desde que a Cia. Vale do Rio Doce publicou seus resultados nos primeiros nove meses deste ano, todos os analistas passaram a fazer a projeção de resultado na faixa de R$ 2,1 bilhões. Na tabela publicada aqui no MONITOR FINANCEIRO, todos os indicadores estão sendo calculados sobre lucro presumido de R$ 2,05 bilhões. Então, a expectativa é a seguinte: lucro acima de R$ 2,1 bilhões poderá causar alguma surpresa, mas desmotivará os investidores se for abaixo dos R$ 2,05 bilhões. E foi isso que provocou o bom desempenho das ações da Vale nas últimas semanas.

Porém, bastou Ricardo Boechat publicar na sua coluna que o balanço está pronto e o lucro é de R$ 2,1 bilhões para que Bovespa e CVM determinassem a retirada das ações do pregão. Além dessa tolice, houve a pergunta de praxe e a resposta de sempre: a) os resultados da companhia, relativos ao ano passado, somente serão confirmados e divulgados após a aprovação do Conselho de Administração; b) fica desautorizada a informação do colunista; e c) a Vale já anunciou que divulgará os resultados no dia 21 de fevereiro. Os tolos executivos da autarquia e da instituição, no entanto, esquecem de que a maneira correta de tratar caso semelhante é verificar se havia algum interessado em divulgação deste tipo de informação. E isso é muito fácil.

O Banco Bilbao Vizcaya do Brasil não aceita a visão “excessivamente otimista” segundo a qual o Brasil será “a grande estrela” de uma possível desaceleração da economia mundial, que causaria uma queda nos juros praticados pelos países ricos e possibilitaria maior entrada de recursos externos no país. Segundo os analistas da instituição, se a economia for mantida nos trilhos, com indicadores macroeconômicos sadios, poderá haver taxa de crescimento em torno de 4% para este ano e para 2002, dependendo do cenário externo. Porém, não acreditam que o Brasil consiga captar o mesmo montante de recursos do ano passado, ou seja,  cerca de US$ 30 bilhões, mas a entrada deverá ficar em torno de US$ 27 bilhões.

Com relação ao câmbio, o BBV prevê média de R$ 1,99 para este ano. Em dezembro, no entanto, estimam que o dólar estará valendo R$ 2,10. Até o início de abril deste ano, porém, o dólar não deve ultrapassar o patamar de R$ 1,96.

Espaço Publicitáriocnseg

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo pretende aumentar os lucros e reduzir a dívida para se tornar mais atraente para os investidores. Apesar desse ser o objetivo de qualquer empresário e acionista, no caso da Sabesp é para proporcionar a oportunidade de vender parte da participação de 88% que o Estado de São Paulo possui na companhia. O governo, no entanto, só quer vender as ações que excederem o mínimo necessário para não perder o controle acionário.

Se está sendo péssimo negócio manter posição minoritárias de empresas concessionárias de serviços públicos, imaginem de uma que continuará em poder do estado.

A Latasa teve brilhante recuperação. O balanço consolidado do ano passado revela lucro líquido de R$ 58,33 milhões. O lucro por ação da Latasa no período foi de R$ 1,22.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui