Um Ano Novo de paz

Guerras matam centenas de milhares e deslocam milhões; explosivos em Gaza equivalem a 2,5x as bombas lançadas pelos EUA em Hiroshima e Nagasaki

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Corpos de mortos em Gaza
Gaza, 8 de outubro de 2023 (foto Xinhua)

O título da coluna é clichê. Mas, diante de um número de guerras no mundo e das mortes e outras catástrofes sociais que provocam, desejar um Ano novo de paz não é mais que obrigação. As estimativas mais aceitas falam em 56 guerras em 2023, número que se manteve em 2024. É o maior número desde a Segunda Guerra Mundial.

A Pesquisa de Conflitos Armados – IISS 2024 revelou que mais de 200 mil pessoas foram mortas em nada menos do que 134 guerras e outros conflitos armados entre 1º de julho de 2023 e 30 de junho de 2024.

Mais de 473 milhões de crianças – mais de 1 em cada 6 em todo o mundo – vivem agora em áreas afetadas por conflitos, segundo o Unicef.

O número de pessoas deslocadas atinge 117 milhões: é como se os habitantes da Itália e da França juntos começassem a vagar sem rumo depois de perder tudo por causa de bombas ou da seca extrema causada.

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O Global Peace Index (GPI) calcula que o impacto da violência global alcançou US$ 19,1 trilhões em 2023, equivalente a 13,5% da economia mundial. Nada indica que o valor diminuiu em 2024.

Relatório da Fundação Cesvi de Cooperação e Desenvolvimento, que analisa dados de outros institutos, mostra que, na Ucrânia, há três mortes para cada recém-nascido; em Gaza, há o maior número de vítimas civis. A conceituada revista The Lancet constatou que as mortes diretas e indiretas em Gaza podem chegar a 186 mil pessoas.

Desde outubro de 2023, estima-se que Israel lançou contra Gaza o equivalente a 88 mil toneladas de explosivos. Para comparar, a bomba atômica despejada pelos EUA em Hiroshima equivalia a 15 mil toneladas; a de Nagasaki, 21 mil toneladas. Ou seja, como calculou um colaborador da coluna, Israel jogou contra os palestinos quase 2,5x a quantidade de explosivos das 2 bombas atômicas lançadas pelos EUA, que provocaram algo como entre 78 mil e 149 mil mortos no Japão, em 1945. Para se ter uma ideia, segundo a BBC, um quilo de TNT é suficiente para destruir um carro.

É possível acabar com as guerras em Gaza, Ucrânia e outras que aparecem menos nas mídias, mas que não têm menor gravidade. Para isso, é preciso mobilização e vontade política. A paz sempre será a meta a ser alcançada.

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Petróleo e meio ambiente

Na última reunião plenária do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ)), o engenheiro Wagner Victer foi escolhido para receber o Prêmio Crea de Meio Ambiente de 2024. É raro um profissional que atua no setor de petróleo receber o reconhecimento na área de meio ambiente, especialmente de um dos prêmios mais conceituados do país, que passa por votação na Comissão de Meio Ambiente da entidade e depois vai a voto em plenária com todos conselheiros do Crea-RJ.

Victer, quando atuou como secretário de Energia e Petróleo do Rio de Janeiro, foi responsável pela criação de centros para estudos de energia renovável. Como presidente da Cedae, companhia de saneamento, trabalhou na criação de viveiros para a produção de mudas da Mata Atlântica e replantio de áreas degradadas. Como secretário estadual de Educação, aprovou a primeira Política de Educação Ambiental para a rede pública estadual.

Atualmente, Victer trabalha na Petrobras, na qual é engenheiro de carreira. Também é professor da disciplina de Engenharia Ambiental nos cursos de pós-graduação em Petróleo e Gás da Fundação Getúlio Vargas. A entrega do Prêmio acontecerá em 2025.

Até 2025

A coluna deseja a todos um Ano Novo de paz e boas notícias.

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