Devem ser debitadas ao campo da paranóia e do diversionismo as análises que identificaram quebra de hierarquia na advertência do comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno, sobre os riscos à soberania nacional decorrente da demarcação de extensas terras de brasileiros indígenas, coincidentemente em regiões de fronteira e recorrentemente em áreas de incalculáveis riquezas minerais. Como servidor permanente do Estado brasileiro e conjunturalmente obediente ao chefe supremo das Forças Armadas, o general Heleno, mas do que direito, tem obrigação de alertar a nação e o presidente Lula para qualquer risco de ameaça à integridade territorial.
Tentar aproximar esse gesto, necessário e patriótico, de ações de um passado atravessado pela cortina de fumaça produzida pela Guerra Fria é misturar estações, não compreender os desafios da contemporaneidade. Mudou o mundo, mudaram as estratégias, táticas, alianças e visões de mundo. Não mudaram, no entanto, a fidelidade ao Brasil e a defesa dos seus interesses, ainda que a cantilena do neoliberalismo propague a desnecessidade do Estado, que implicaria a mobilidade de fronteiras.
Os ingênuos que se deixam impregnar por tal palavrório deveriam postergar sua adesão a essas teses “internacionalizantes” para o momento em que CNN, Fox e BBC empunharem a bandeira do “Texas livre” ou da “Califórnia mexicana”. Até esse improvável dia, os brasileiros, civis, militares; governantes, governados, devem estar irmanados na defesa de do maior país do mundo em terras contínuas, com uma só língua, sem conflitos religiosos e raciais relevantes e dono de riquezas capazes de, se aproveitadas em favor de uma nação justa, transformarem-no num dos gigantes do planeta. Tais condições, por óbvio, não agradam a todos, incluindo entre esses inconformados nacionais de sotaques e mentes reconfiguradas pelo encantamento com a globalização.
Adorno@seculo20.com.de
Ao ministrar uma aula sobre a indústria cultural, professor de uma universidade privada do Rio de Janeiro ouviu de um aluno reclamação sobre a complexidade do tema, acompanhado de pedido revelador do tipo de clientela dessas instituições: “Esse assunto é muito complicado. Você não tem o e-mail desse Adorno, não?”
Um dos autores do conceito de indústria cultural, o alemão Theodore Adorno, infelizmente, não pôde ajudar. Além de não ler em português – o intenetês, provavelmente, lhe causaria urticária – morreu há 40 anos.
Matzá
A partir do anoitecer deste domingo será comemorado o Pessach, a Páscoa judaica, quando é celebrada a libertação do povo judeu do Egito. Durante sete dias em Israel e oito no resto do mundo, os judeus lembrarão a fuga através do deserto. O primeiro dia é celebrado com festa. Para esta data especial, a Confeitaria Kurt criou receitas com a matzá, farinha especial utilizada em todos os alimentos pelos judeus. O lançamento deste ano é a torta mousse de chocolate com amêndoas decorada com bolachas de matzá.
Durante os dias do Pessach é proibido consumir qualquer alimento que contenha ingredientes, como grãos de trigo, centeio, cevada, aveia ou espelta, sujeitos à fermentação quando entram em contato com a água. Isso porque, em sua fuga apressada do Egito, os judeus não tiveram tempo de esperar a massa crescer, e assaram pães não-fermentados para se alimentarem.
Senta a Pua
A Força Aérea Brasileira comemora nesta terça-feira o Dia da Aviação de Caça. Na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, a partir de 10h, pilotos, com aeronaves de todos os esquadrões de caça da FAB, participarão da homenagem à coragem dos membros do Esquadrão Senta a Pua, que participaram da 2ª Guerra Mundial.
Preferência
As redes estatais de TV na Venezuela dão grande destaque ao processo eleitoral no Paraguai. O preferido da “imprensa bolivariana” é Fernando Lugo, que já foi entrevistado pelas redes Venezolana e Telesur.
Unidos venceremos
Jovens de todos os países da América Latina (incluindo a Colômbia) organizam, na Venenezuela, um encontro sobre a Alba – projeto de integração regional liderado por Hugo Chávez. Do “turismo político” constam visitas a instalações da PDVSA no Estado de Miranda.