Univitelinos

83

Às vésperas das eleições, um manifesto assinado por intelectuais que, em sua maioria foram ligados ao PT, prega o voto nulo ou “em uma candidatura que faça a crítica pela esquerda à administração Marta”, por entender que nem a prefeita nem o tucano José Serra “questiona os fundamentos do poder conservador que subordina as políticas públicas à lógica perversa da especulação imobiliária, dos interesses econômicos que aprisionam o orçamento público, do ajuste fiscal sem fim que condena a prefeitura à penúria”. Autores do manifesto pelo que classificam de “voto crítico”, Plinio de Arruda Sampaio, Chico de Oliveira, Waldemar Rossi, Paulo Arantes, Plinio de Arruda Sampaio Jr., Fábio Luis Santos e Pedro Arantes não explicitem, porém, quem, no cenário paulistano, encarnaria esse papel transformador.

República capenga
A explicitação pelo secretário de Segurança Pública licenciado do Estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, de que vai tratar de forma desigual prefeitos eleitos por partidos de oposição é apenas a expressão mais tosca da visão patrimonialista que domina a política nacional. Mas tentar reduzi-la ao grupo de Garotinho é, senão tendencioso, restringir o raio de ação de uma prática a ser extirpada.
Ou o que representa a insinuação do candidato do PT à Prefeitura do Rio, Jorge Bittar, de que é “amigo do presidente Lula”? Que se outro for eleito, Lula vai discriminar o futuro prefeito? Ou ainda o terrorismo de hoje de Marta sobre “o caos nacional”, se ela perder a eleição? Ou o terrorismo de ontem do tucanato de que, se Lula perdesse, o paraíso em que viviam os brasileiros no longo governo FH teria fim?
A longa luta dos brasileiros para restabelecer a democracia política ainda não resultou na extensão da fruição das riquezas nacionais à grande maioria dos brasileiros. O percurso percorrido, no entanto, já foi suficiente para demonstrar que o coronelismo, pelo menos em sua manifestação urbana, é uma força cadente. O que falta é ampliar os princípios republicanos a todo o país.

Pesquisa
O diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Fernando Mattos, revelou que a entidade está desenvolvendo, junto com os governos estaduais do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, além da  Fiesp e Firjan, projeto para avaliar a competitividade dos estados brasileiros.

Quatro rodas
Carro por até R$ 280. Quem procura pechinchas deve ficar de olho nos leilões, como o realizado ontem pelo leiloeiro Acir para o Detran-RJ. Todos os 25 veículos oferecidos foram arrematados. O lote mais caro foi o de um ônibus, vendido por R$ 7,5 mil.

Espaço Publicitáriocnseg

Quem dá mais
Quem também procura boas oportunidades, em outra área e de um nível maior, pode ir ao leilão que Horacio Ernani Rodrigues de Mello realizará de amanhã a sexta-feira, em sua casa de lances da São Clemente, 385, Botafogo (Zona Sul do Rio de Janeiro). Por menos de R$ 500 podem ser arrematados objetos como um “Roteiro da Primeira Viagem do Descobrimento da América”; um antigo baú de jacarandá estilo manuelino, do século XIX, tem lance inicial de R$ 6 mil; uma gargantilha de pérolas negras por R$ 2,5 mil; um vaso de biscuit austríac Art Nouveau, por R$ 2,8 mil; e um óleo sobre tela do atual e procurado Rubens Gerchman por R$ 14 mil. A visitação, hoje, vai das 14h às 22h.

Potencial
Um dos principais objetos do desejo da política externa brasileira, as relações comerciais do país com a Índia estão subaproveitadas. De uma corrente de comércio (exportações mais importações) indiana de US$ 112 bilhões, apenas US$ 1,6 bilhão, ou 1,42% do total, vêm de relações com o Brasil, que, em 2003, exportou apenas US$ 920 milhões para a Índia.

Coração
“Se fosse possível, milagrosamente, curar todas as formas de câncer, a expectativa de vida mundial subiria pouco mais de três anos. Se fizéssemos o mesmo com as doenças cardiovasculares, o acréscimo seria de 9,78 anos”, afirmou médico inglês John E. Deanfield, no 59º Congresso Brasileiro de Cardiologia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui