Ursula von der Leyen: UE está preparada para corte de gás russo

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Ursula von der Leyen (Foto: ONU TV)
Ursula von der Leyen (Foto: ONU TV)

A União Europeia está pronta para enfrentar a suspensão das entregas de gás russo aos seus Estados-membros, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na quarta-feira.

O fornecedor de gás russo Gazprom anunciou na quarta-feira que estava interrompendo totalmente suas entregas de gás para a Polônia e a Bulgária, devido ao “não pagamento em rublos” dos dois Estados-membros da UE.

Em um comunicado reagindo ao anúncio da Gazprom, Von der Leyen chamou a medida de “outra tentativa da Rússia de usar o gás como instrumento de chantagem” no contexto do conflito Rússia-Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, exigiu no dia 23 de março que os atuais contratos de gás da Rússia com “países hostis” fossem pagos em rublos.

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“Trabalhamos para garantir entregas alternativas e os melhores níveis de armazenamento possíveis em toda a UE”, e o grupo de coordenação de gás está se reunindo para mapear uma resposta coordenada da UE, disse Von der Leyen.

A UE vem trabalhando para encontrar fontes alternativas de energia por meio de seu plano REPowerEU lançado no dia 8 de março. O bloco concordou com os EUA em 25 de março que compraria pelo menos 15 bilhões de metros de gás natural liquefeito (GNL) para 2022 e 50 bilhões de m³ de GNL por ano até pelo menos 2030.

O bloco também está acelerando sua transição verde para se livrar dos combustíveis fósseis e aumentar a eficiência energética.

Também nesta quarta-feira, a Organização Mundial do Turismo (OMT) confirmou que a Rússia anunciou sua intenção de se retirar da entidade.

“A Rússia anunciou sua intenção de se retirar da OMC”, explicou o órgão em um tweet, acrescentando que, no entanto, a Rússia deve “seguir o devido processo e isso levará um ano para ser concluído após o recebimento das comunicações oficiais pelos canais apropriados”.

A reunião extraordinária da Assembleia Geral da OMT aconteceu na quarta e quinta-feira em sua sede em Madri. Seu objetivo é decidir se a Rússia deve ou não ser suspensa devido ao conflito com a Ucrânia, entre outras questões. Para que a suspensão da Rússia seja efetiva, será necessário o apoio de dois terços dos 160 membros que compõem a organização. Se a suspensão for aprovada, ela será aplicada imediatamente.

Em sua agenda provisória para a reunião, é especificada a “consideração da suspensão da adesão da Federação Russa de acordo com o artigo 34 dos Estatutos”, entre outros tópicos.

“Nossos estatutos são claros: a promoção do turismo para a paz e o respeito universal aos direitos humanos. Somente os membros que cumprem isso podem fazer parte da OMT”, disse Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT, no Twitter.

 

Com informações da Agência Xinhua

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