Mesmo com a crescente popularidade e agilidade do Pix, o uso dos cartões continua a prosperar. Isso se deve a uma série de fatores que tornam os cartões uma opção atrativa e conveniente para muitos consumidores.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os pagamentos com cartões somaram R$ 965 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que significa um crescimento de 11,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a março deste ano, foram registradas no Brasil 10,8 bilhões de transações com cartões, um crescimento recorde histórico de 11,3% frente ao mesmo período do ano anterior. Em média, são feitas 120 milhões de transações por dia.
Já pesquisa conduzida pela SumUp revelou que 97% dos empreendedores concordam – total ou parcialmente – que oferecer diversas opções de pagamento, incluindo cartões e Pix, impulsiona as vendas de seus negócios.
Apesar disso, de acordo com os resultados da pesquisa, o cartão de crédito é o método de pagamento mais prevalente entre esses empreendimentos, com 39% dos entrevistados indicando que é a preferência de seus clientes. O Pix, por sua vez, está tecnicamente empatado, sendo mencionado por 38% dos participantes como uma forma de pagamento comum. Em contraste, o dinheiro em espécie foi citado por apenas 7% dos empreendedores como a opção de pagamento mais frequente.
Segundo estudo da TNS, com as novas funcionalidades do Pix (como o Pix automático), que estarão disponíveis no fim de 2024, o impacto deve ser mais intenso no mercado de cartões. E de acordo com projeções da empresa de pagamentos Ebanx, espera-se que o Pix conquiste uma fatia de 40% do mercado brasileiro de pagamentos até 2026. Com uma movimentação financeira anual estimada em cerca de US$ 200 bilhões (equivalente a aproximadamente R$ 985,5 bilhões), o sistema de pagamentos instantâneos está previsto para alcançar uma posição de igualdade com os cartões de crédito como o meio de pagamento mais utilizado no comércio digital.
Dados da Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI), utilizados no estudo, revelaram que, em 2023, o Pix representou 29% do total de pagamentos no e-commerce brasileiro, enquanto os pagamentos com cartão de crédito dominaram com 49%. No entanto, espera-se que nos próximos dois anos essas proporções se alterem para 40% e 42%, respectivamente.
Segundo o estudo, o que torna o uso do cartão ainda frequente é o fato de as operadoras oferecem uma ampla gama de benefícios e vantagens, como programas de recompensas, seguro de compra, proteção contra fraudes e a possibilidade de parcelamento de compras. Esses incentivos não apenas atraem os consumidores, como também incentivam seu uso frequente. Além disso, os cartões de crédito são amplamente aceitos em estabelecimentos físicos e online ao redor do mundo, proporcionando uma conveniência adicional aos usuários.
Outro aspecto importante é a questão da segurança. Os cartões de crédito geralmente vêm com recursos avançados de segurança, como a tecnologia de chip e PIN, autenticação biométrica e monitoramento de atividades suspeitas em tempo real. Isso confere aos usuários uma sensação de segurança ao realizar transações, algo crucial em um ambiente digital onde as preocupações com fraudes e roubo de dados são constantes.
Outro ponto importante é que os cartões de crédito oferecem aos consumidores um período de crédito rotativo, permitindo-lhes adiar o pagamento de suas compras até o vencimento da fatura. Isso proporciona uma flexibilidade financeira que pode ser especialmente útil em situações de emergência ou para gerenciar melhor o fluxo de caixa pessoal.
Desde a chegada oficial do Pix em 2020, o meio de pagamento faz sucesso e possui grande adesão da população, sendo inclusive, referência mundial. De acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), baseados em levantamentos divulgados pelo Banco Central e pela Abecs, os brasileiros realizaram em 2023 quase 42 bilhões de transações por Pix. Assim, o meio de pagamento que traz praticidade e rapidez, vem se inovando. Em outubro deste ano, o BC deve lançar a modalidade Pix Automático como um modelo padrão e a novidade já despertou a atenção do mercado.
O Pix Automático será utilizado para transações autorizadas e agendadas com antecedência, ocorrendo de forma automática e recorrente, o que facilitará a agenda de pagamentos do pagador e minimizará a inadimplência ao recebedor. E apesar da novidade que trará ainda mais praticidade só ter lançamento previsto no segundo semestre, há empresas que já estão criando soluções para clientes terem mais eficiência com a modalidade.
Ainda no contexto das Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs, na sigla em inglês), o BC prepara o Drex. Ainda em fase de desenvolvimento no Brasil, o real em formato digital abre as portas para uma série de novos modelos de negócios e oportunidades, avalia a PwC.
Com a emissão no atacado, em plataforma operada pelo BC, a expectativa é que um primeiro lançamento ocorra no fim de 2024 ou início de 2025.
Segundo a PwC, do ponto de vista do Banco Central, o desenvolvimento do Drex passa pela resolução de um “trilema”:
“Como alcançar um equilíbrio ideal entre privacidade, descentralização e programabilidade. Esse equilíbrio busca fortalecer a segurança e a autonomia do sistema sem comprometer sua eficiência.”
Leia também:
Títulos da dívida do governo estão mais caros
Demora no ajuste fiscal provoca essa tendência de alta
Petrobras (PETR4): resultado do 3T24, Exploração & Produção e dinâmicas
Segundo Ilan Albertman, o resultado a Petrobras no 3T24 foi muito bom, principalmente por causa do setor de Exploração e Produção.
Petronect assegura licitação chave para Transpetro e contribui com a economia nacional
Construção de 4 navios da classe Handy deve gerar cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos.
PPSA: CI aprova mudanças na gestão financeira
Proposta permite inclusão da remuneração e dos gastos na execução de suas atividades nas despesas de comercialização da estatal.
Base Exchange: a nova Bolsa de Valores do Brasil
Sede será no Rio e as operações começam no final de 2025
Financeiras: RS 200 bi para compra de veículos no 3T24
Anef: CDC foi responsável por R$ 199 bi