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O crescimento esperado para o PIB mexicano em 2008 é de 1,8%, o mais baixo de toda a América Latina, destacou o economista mexicano Mario di Constanzo, durante o seminário “Crise: Rumos e Verdades”, que o Governo do Paraná realiza em Curitiba. “As autoridades mexicanas afirmaram recentemente que, se os Estados Unidos tiverem uma pneumonia, o México terá uma gripe. No entanto, a história e nossos números mostram justamente o contrário”, lamentou.

Orroz
De acordo com Constanzo, o governo mexicano deve inverter suas prioridades. “Gastamos, nesta crise, US$ 15 bilhões para proteger as grandes empresas. No entanto, nossos regimes fiscais causam a erosão das rendas públicas, já que algumas empresas multinacionais chegam a pagar impostos de apenas 2% do seu faturamento, enquanto empresários nativos pagam entre 28% e 75% das suas rendas. A criação do chamado Imposto Empresarial, uma taxa única para as empresas, golpeou ainda mais as pequenas e médias empresas”, comentou.

Controle seletivo
“Será preciso uma nova arquitetura financeira baseada na produção e competitividade, com mais regulação e transparência no mercado financeiro”, argumentou Mario di Constanzo. O economista defendeu o congelamento, durante algum tempo, dos preços de alguns produtos para frear as perdas salariais e garantir que uma demanda de consumo garanta o caixa de pequenas e médias empresas. “Disseram que não se pode controlar os preços, mas todos os BCs do mundo estão intervindo no dólar. Isso é ou não controle de preços?”, provocou.

Alta tensão
Cinco porcento dos medidores eletrônicos de consumo de energia instalados pela Ampla possuem irregularidades “fora do admissível”, conforme definiu o diretor de Metrologia Legal do Inmetro, Luiz Carlos Gomes dos Santos. O instituto analisou 1,3 mil dos 300 mil equipamentos e constatou diferenças de até 1.533,64% a mais. Também foram constatados erros de cobranças abaixo do consumo real, sendo 297,74% a maior diferença. A Ampla é a distribuidora de energia da maioria das cidades do interior do Rio de Janeiro e instalou os medidores em caráter experimental, para reduzir os “gatos”.

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Lucro
Pelas contas do prefeito Cesar Maia, se a Prefeitura do Rio tivesse aplicado em 2002 R$ 500 milhões em títulos indexados ao IPCA, com juros de 6%, teria hoje R$ 820 milhões. Como aplicou em títulos do tesouro nacional de 20 anos de prazo com rentabilidade de IGP-M mais 10,8%, tem hoje papéis que valem R$ 1,050 bilhão, ou R$ 230 milhões a mais. A explicação foi dada em razão da polêmica criada em torno da troca destes papéis com outros de curto prazo, a ser feita entre o tesouro municipal e o instituto de previdência dos servidores. Esta coluna não opina sobre a troca, mas é fato que títulos indexados ao IGP-M estiveram entre os mais procurados nos últimos anos pelos investidores.

Mão dupla
Os artistas que, como a atriz Cristiane Torloni, participaram, terça-feira, de audiência no Congresso Nacional para debater restrições ao uso da meia entrada em espetáculos culturais apresentaram como principal argumento para a sua tese a necessidade de o poder público subsidiar a iniciativa privada por perdas de arrecadação provocadas pelo desconto de 50%. Embora lógico, o argumento pode se voltar contra os próprios autores. Como praticamente todos os principais eventos culturais envolvem dinheiro público, diretamente ou via renúncia fiscal, também poderá ser cobrado da categoria algum tipo de retorno social. Por exemplo, limitando o preço dos ingressos que não sejam produzidos exclusivamente com recursos privados.

Trabalhadores, uni-vos
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) realiza nestas quarta e quinta-feira, em São Paulo, sua 5ª Reunião Plenária da Executiva Nacional. Na pauta, propostas para defender os trabalhadores diante da crise mundial. Nesta quarta, o professor Tony Volpon, da Fundação Getúlio Vargas, participa do encontro, proferindo a palestra “A crise econômica mundial e as propostas da UGT em defesa dos trabalhadores”. A plenária será realizada no auditório do Sindicato dos Securitários de São Paulo, na Av. 9 de Julho 40, 14º andar, no bairro da Bela Vista, em São Paulo.

Marcos de Oliveira e Sérgio Souto

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