Vacina contra covid-19 puxa alta de 43,5% do turismo em SP

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Centro de São Paulo. Foto: divulgação
Centro de São Paulo (foto divulgação)

Alavancado pelo avanço da vacinação, o Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT-SP) terminou outubro com altas de 10,1%, em relação a setembro, e de 43,5%, na comparação com o mesmo período de 2020. Além de ser o nível de atividade mais alto desde fevereiro do ano passado, mês que antecedeu a pandemia no país, o resultado foi a sexta alta mensal consecutiva do indicador do Conselho de Turismo (CT) da Federação do Comércio Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizado em parceria com o SPTuris. Desde abril, o crescimento acumulado do IMAT foi de 90% – e, até o mês de dezembro, deve passar dos 100% de aumento na comparação com o início do ano.

Embora as passagens aéreas tenham subido cerca de 50% em um ano, com o avanço da vacinação, a volta da demanda, reprimida pela pandemia, levou a movimentação de passageiros nos aeroportos de São Paulo a superar em 69% o nível de outubro de 2020. A quantidade de pessoas também foi maior nas rodoviárias da cidade, que apresentaram crescimento de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado. O salto somente é menor que o da aviação porque, no ano anterior, o transporte rodoviário foi a principal alternativa para os turistas, em razão da restrita oferta de voos. Já o estoque de empregados formais nos setores ligados ao turismo registrou 28,3 mil postos de trabalho a mais do que há um ano.

Para a FecomercioSP, embora seja um momento favorável para todo o setor, é importante que os empresários fiquem atentos, pois o cenário de 2022 deve ser diferente deste fim de ano. As variáveis econômicas estão pressionadas, a inflação continua elevada, o desemprego ainda atinge 13 milhões de pessoas e a taxa de juros crescente deve frear ainda mais a economia.

Desta forma, de acordo com a FecomercioSP, após o período de fim de ano, festas e carnaval, o país voltará aos seus desafios, com o consumidor endividado e priorizando os gastos básicos, o que não inclui o turismo. Mesmo com o dólar mais elevado, que poderia estimular fortemente o turismo doméstico, há o receio da população quanto ao processo inflacionário, que impacta os principais grupos de despesas, ou seja, alimentação, combustíveis e energia.

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No décimo mês do ano, todas as variáveis analisadas pelo indicador apontaram crescimento, com destaque para a taxa de ocupação hoteleira, que ficou em 58,9%, ante os 50,4% em setembro. A movimentação de passageiros nos aeroportos cresceu 14%, e nas rodoviárias, 10,8%, em relação ao mês anterior.

O faturamento do turismo na capital cresceu 6%, chegando a quase R$ 490 milhões. Além de mais movimentação nos hotéis, o retorno dos eventos, corporativos e sociais, contribuiu para o aumento do faturamento. O emprego, por sua vez, cresceu 3,9%, superando o patamar de 400 mil vagas.

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