Vade retro!

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Cada dia de campanha eleitoral confirma impressão compartilhada por analistas independentes: a popularidade do ex-presidente FH nos círculos conservadores internacionais é inversamente proporcional a sua impopularidade entre os brasileiros. Além da ausência significativa no horário eleitoral de Geraldo Alckmin, FH não comparece à campanha de qualquer candidato tucano que seja minimamente competitivo no seu estado.

Mundo virtual
Os assesores do presidente Lula deveriam assistir a Bolívia: História de uma crise, de Rachel Boynton e que estreou no fim de semana passado nos cinemas do país. Com direito a participação de James (“É a economia, estúpido!”) Carville, o guru mundial dos marqueteiros, o filme narra como uma equipe de marquetagem norte-americana conseguiu transformar Gonzalo Sánchez de Lozada de um impopular ex-presidente responsável por um desastroso programa de privatização no seu primeiro governo no presidente do país. A vitória de Gonzalo, o Goni, que teve apenas 22% dos votos, somente foi possível porque a legislação eleitoral boliviana transfere ao Congresso a escolha do presidente, caso nenhum candidato obtenha mais de 50% mais um dos votos.
No entanto, o que parecia ser uma estrondosa vitória da marquetagem não se sustenta por mais de seis meses. Esse é o tempo para, revoltada com a tentativa de Goni de dar continuidade às políticas neoliberais do seu primeiro governo, a população foi às ruas pedir a saída do presidente, que fugiu para os Estados Unidos. Pouco depois, foi a vez de cair Carlos Mesa, vice-presidente que assumiu o lugar de Goni e também trombou com os movimentos populares ao insistir nas políticas neoliberais. Novas eleições convocadas, Evo Morales, segundo colocado, com 20,8%, quando da eleição de Goni, foi eleito com 54% dos votos. Ou seja, o marketing pode até ajudar a eleger, mas não garante governar com um programa antagônico ao dos palanques.

Matando a fome
Com a presença de cerca de 150   pessoas, o MST inaugurou, no início do mês, a biblioteca da Escola Nacional Florestan Fernandes, dirigida pelo movimento. Presente ao evento, o professor emérito da USP e crítico Antônio Cândido, destacou a importância do livro na formação da cidadania: “O livro mata a fome da cabeça, serve para a instrução e para a imaginação, direitos tão importantes quanto a alimentação”,  destacou Cândido.

Feliz
Um funcionário com salário de R$ 2 mil, treinado, com estrutura preparada para recebê-lo e que deixa a empresa antes do primeiro ano de trabalho, deixa um prejuízo da ordem de R$ 70 mil em tempo, força de trabalho e infra-estrutura, calcula Elmano Nigri, presidente da Arquitetura Humana. O maior erro das organizações é contratar bons profissionais, mas nem sempre coloca-los nos cargos certos e na hora certa. Isso gera estagnação, insatisfação, e leva a um aumento da rotatividade dentro da empresa: “Pessoas felizes geram empresas felizes, competentes e eficientes, com clientes mais satisfeitos”, explica Nigri.

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Lasquinha
Os bancários brasileiros deram a largada esta semana a sua campanha salarial, que tem data-base em 1 de setembro. As principais reivindicações da categoria são: garantia do emprego, participação nos lucros das empresas e piso salarial de R$ 1,7 mil. No primeiro semestre, o lucro dos três principais bancos privados do país somou R$ 7,158 bilhões, mais 20,32% sobre o mesmo período de 2005.

Mapa do turismo
A TurisRio, empresa vinculada à Secretaria estadual de Turismo do Rio de Janeiro, em parceria com o Ministério do Turismo, promove, na próxima semana, seminário sobre o Inventário da Oferta Turística. O evento será aberto nesta segunda-feira e se estenderá até terça-feira, sempre das 8h às 18h, na Universidade Estácio de Sá (Avenida Presidente Vargas 642/9º andar), no Centro do Rio. O objetivo é mostrar aos trades e às instituições de ensino superior de Turismo do Estado do Rio de Janeiro a metodologia aprovada pelo ministério para levantamento turístico a ser realizado em todo o país.

Temporário
A terceirização tem se consolidado cada vez mais nas empresas. Atividades temporárias são particularmente atribuídas a terceirizados. Nos picos sazonais do comércio, por exemplo, cerca de 60% da mão-de-obra são terceirizadas, enquanto que, na construção civil, pode chegar a 90%, afirma o sócio-diretor da CentroServ RH, Francisco Teixeira “A utilização do trabalho temporário atende à demanda extraordinária de mão-de-obra por curtos períodos (90 dias, prorrogáveis por mais 90)”, lembrou.

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