Mais de 56% dos colaboradores do país adotaram o modelo de trabalho híbrido, enquanto somente 19% continuam atuando de forma integralmente remota. Além deste dado, debates no LinkedIn sobre a volta do modelo tradicional se tornaram frequentes nos últimos meses, em suma criticando a obrigatoriedade da presença física nos escritórios, o que também justifica a pesquisa da Robert Half, responsável por apontar que pelo menos 57% dos profissionais mudariam de emprego caso as organizações retomem de maneira totalmente presencial.
Pesquisa realizada pela Cortex, referência em inteligência de vendas B2B na América Latina, mostrou que das mais de 800 mil oportunidades abertas, nos principais portais de vagas do país, somente 30,8 mil citam o modelo remoto na descrição, o que corresponde a 3,7% do total. O número é o menor registrado desde julho de 2022.
O levantamento apontou que o setor de serviços concentra 31,3% das vagas remotas, somando mais de 9 mil oportunidades. As atividades desenvolvidas nesse segmento contemplam desde agências de viagens até ensino e treinamento, por exemplo. Em seguida, estão tecnologia da informação, com 7.969, e varejo, com 4.141.
Já em relação aos estados, o que tem mais empresas abertas à possibilidade de oferecer oportunidades de trabalho à distância é São Paulo, seguido por Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Grandes empresas dos EUA têm adotado iniciativas e oferecido benefícios, como almoço gratuito, café sofisticado e auxílio-transporte, para incentivar os colaboradores a voltarem ao escritório. No entanto, a taxa de adesão ainda fica abaixo do esperado, com menos de 50% dos funcionários retornando. A gigante de tecnologia Salesforce comprometeu-se a doar US$ 10 para instituições de caridade a cada dia em que os funcionários trabalharem presencialmente, em uma tentativa de mobilização. O Google, conhecido por seus benefícios como massagens, lavanderia e áreas de lazer, também está pressionando os colaboradores a voltarem ao escritório. Essa pressão também está sendo observada em grupos como Disney e Starbucks, e empresas brasileiras estão atentas a essa tendência, movimentando-se para adotar iniciativas semelhantes.
Nesse contexto, os coworkings, espaços de trabalho compartilhados, podem ser a solução ideal para chegar a um consenso entre empregadores e empregados. Essa alternativa é vantajosa para ambas as partes e ajuda a manter a conexão entre a equipe e a cultura da empresa.
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