Maputo – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) recebeu licença do governo moçambicano para explorar os campos de carvão de Moatize, conforme anúncio da ministra de Recursos Minerais do país, Esperança Bias.
Com investimento previsto de US$ 1,5 bilhão, o gasto com o projeto ainda pode ser elevado para US$ 2 bilhões, dos quais US$ 170 milhões serão pagos por meio de caixa da própria empresa e o restante via bancos de investimento.
A mina, que está localizada na província de Tete, no Noroeste do país, sofreu grandes danos durante a guerra civil entre 1970 e 1980. Ainda hoje é considerada um dos maiores depósitos não explorados do minério do hemisfério sul, com reservas de 2,5 bilhões de toneladas.
“No passado, Moçambique exportou apenas 1 milhão de toneladas de carvão, mas as primeiras exportações devem crescer para cerca de 8 milhões de toneladas por ano”, estima a ministra Bias.
Com potencial estimado de produção de até 10 milhões de toneladas por ano, o contrato de Moatize tem concessão por um período de 25 anos, com possibilidade de renovação. A previsão é de que a construção das instalações da mina sejam concluídas em 36 meses.