Vale-refeição: em casa onde falta (ou sobra) pão…

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Vale-alimentação (Foto: J.C.Cardoso)
Vale-alimentação (Foto: J.C.Cardoso)

O setor de vale-refeição e alimentação está dividido em, ao menos, 3 correntes: as tradicionais administradoras (VR, Ticket etc.); empresas de entrega que cobiçam o mercado; e supermercados.

Bares e restaurantes têm uma posição que se aproxima das empresas de benefícios. Empregadores tendem a ver com bons olhos entrada de concorrentes, para reduzir custos.

Portabilidade é origem da divisão no mercado de vale-refeição

Por trás das divergências, a portabilidade do vale-refeição e alimentação (que compõem o Programa de Alimentação do Trabalhador, PAT). A medida permitiria que o trabalhador pudesse escolher qual empresa de vale-refeição prestará serviço.

As administradoras tradicionais rejeitam a portabilidade – que afirma ser inexistente em outros países – alegando que prejudica os estabelecimentos e os trabalhadores.

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O temor é a entrada de empresas – leia-se iFood – que dominam o serviço de entrega e que tenderiam a monopolizar os benefícios, centralizando tudo no aplicativo.

O iFood encomendou um relatório à LCA que chegou à conclusão que 81% dos trabalhadores que recebem o benefício desejam poder escolher em qual empresa eles querem movimentar os valores que recebem para comprar comida ou mantimentos.

Vem pra Caixa você também

Os supermercados fizeram uma proposta de que o auxílio fosse recolhido pelos empregadores na Caixa, que ficaria responsável, através de um app ou cartão, de fazer o meio campo entre trabalhadores e empresas de consumo.

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima uma redução de custos em torno de R$ 5 bilhões para os estabelecimentos que aceitam o vale-refeição. A proposta mataria as empresas de benefícios.

Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, a portabilidade, que a princípio pode soar como vantagem para o trabalhador, é, na verdade, uma ilusão:

“A empresa que oferece essa vantagem para o trabalhador não vai absorver esse custo que tão bondosamente concede. O que acontece é que ela repassará ao restaurante a conta desse ônus. E com as margens apertadas, o restaurante não consegue assumir essa conta e terá que reajustar o cardápio”, explica.

Só falta a opinião do principal interessado: o trabalhador.

Estatização do vale-refeição

Não deixa de ser irônico que empresas privadas – os supermercados – defendam a estatização do vale-refeição e alimentação pela Caixa.

Rápidas

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