Segundo levantamento da Valios Capital – fundo imobiliário brasileiro estruturado e registrado na Bolsa americana com compliance junto à SEC –, 2024 e 2025 registram aumento expressivo na procura por ativos imobiliários nos EUA, especialmente com a adesão de investidores de médio porte, famílias e profissionais liberais interessados em diversificação internacional.
“Há uma clara mudança de comportamento. O investidor brasileiro está mais consciente dos riscos internos e busca proteção em mercados mais previsíveis. O foco agora é renda em dólar, com menor exposição ao risco cambial e político”, explica Luiz Gustavo Souza, CEO da Valios Capital.
Embora o mercado imobiliário brasileiro tenha apresentado bons resultados em algumas regiões específicas durante 2024, especialmente em grandes capitais como São Paulo, Santa Catarina e Belo Horizonte com retornos médios combinados entre valorização e aluguel chegando até 19,1%, o cenário nacional permanece limitado por questões econômicas mais amplas.
“A inflação elevada no Brasil reduz significativamente os ganhos reais dos investidores, tornando a valorização efetiva bastante modesta quando descontada a inflação. Além disso, a percepção de baixa credibilidade internacional e a insegurança jurídica continuam afastando investidores estrangeiros, resultando em menor fluxo de capital e impedindo uma valorização maior e mais consistente dos imóveis no país. Em contraste, mercados imobiliários mais estáveis, como o dos Estados Unidos, oferecem retornos reais melhores devido a uma economia com inflação controlada e ambiente mais previsível para investimentos”, comenta Luiz Gustavo.
A busca por renda passiva em moeda forte, aliada à diversificação de portfólio e maior transparência dos mercados americanos, são os principais atrativos para quem decide investir em imóveis no exterior. A possibilidade de adquirir unidades fracionadas ou entrar por meio de fundos internacionais também tem ajudado a democratizar o acesso ao mercado imobiliário norte-americano.
No entanto, especialistas alertam: é fundamental considerar os custos de manutenção, impostos, riscos regulatórios e a necessidade de compreender as regras locais de gestão e tributação.
Entre os destinos mais procurados estão Miami, Orlando, Houston e Dallas, impulsionados pela alta demanda turística e facilidade de gestão remota. Os imóveis mais buscados incluem: residências para locação de temporada (Airbnb); prédios multifamily voltados à renda; imóveis comerciais em zonas de crescimento; participações fracionadas com aportes reduzidos.