Faltando poucos dias para o inicio dos jogos olímpicos, passagens aéreas para o Rio de Janeiro têm queda e atraem quem não se programou. A pesquisa feita pela agência de viagens online ViajaNet mostra que o preço médio de tíquete caiu 35%, comparado com os números de 50 dias atrás.
Para Gustavo Mariotto, Maketing Manager do ViajaNet, essa é uma oportunidade para quem ainda não decidiu.
– Mesmo com a alta procura no momento, ainda é possível encontrar bilhetes em oferta.
O tíquete médio de passagens aéreas – de acordo com a pesquisa do ViajaNet – era de R$ 527 e agora está por R$ 346, o que mostra ser uma vantagem única, “principalmente por ainda existir ingressos disponíveis para assistir a algumas modalidades, mesmo faltando poucos dias para o evento”, conclui Mariotto.
Mais cinco atletas refugiados chegam ao Rio para participar das Olimpíadas
Cinco atletas do Sudão do Sul que vivem refugiados em um campo das Nações Unidas no Quênia chegaram hoje ao Rio de Janeiro para participar dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Eles desembarcaram pela manhã no Terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão. Os três homens e duas mulheres, que disputarão provas de atletismo sob a bandeira da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, vivem no acampamento de Kakuma.
Anjelina Nada Lohalith, no feminino, e Paulo Amotum Lokoro, no masculino, vão competir nas provas de 1.500 metros. As de 800 metros serão disputadas por Rose Nathik Lkonyen, no feminino, e Yiech Pur Biel, no masculino, e as de 400 metros, por James Nyang Chiengjiek. Antes de vir ao Rio, eles passaram por uma temporada de treinamento em Nairóbi, capital do Quênia.
Esta é a primeira Olimpíada da equipe de atletas refugiados, que será composta por 10 deles na Rio 2016. Os judocas congoleses Yolande Mabika (judô feminino, peso médio) e Popole Misenga (judô masculino, peso médio) vivem no Rio.
– Essa participação na Olimpíada é boa porque, em primeiro lugar, eu, como atleta, me sinto realizado em correr. Em segundo lugar, nós temos uma mensagem para o mundo: apesar de sermos refugiados, somos capazes de fazer qualquer coisa – disse Yiech Pur Biel, ao desembarcar.
Os nadadores sírios Ramis Anis (100 metros livre e 100 metros borboleta masculino) e Yusra Mardini (100 metros borboleta feminino), que vivem na Europa, também já tinham chegado ao Rio. O único atleta da equipe que ainda não desembarcou na cidade foi o etíope Yonas Kinde, que disputará a maratona.
Sentindo-se ameaçado, lutador neozelandês sai do Brasil e vai para o Canadá
O lutador de jiu-jítsu neozelandês Jason Lee, que acusou policiais militares de sequestro e extorsão, na Baixada Fluminense, deixou o Brasil. Ele sentiu-se ameaçado depois que, como disse, policiais apareceram de surpresa em sua casa, na última segunda-feira).
Segundo o relato de Lee nas redes sociais, ele não deixou os policiais entrarem na casa e entrou em contato imediatamente com a Polícia Civil e com a embaixada da Nova Zelândia.
“A Polícia Civil tinha me garantido que, se eu desse um depoimento, a Polícia Militar não teria acesso às minhas informações pessoais”, escreveu Jason Lee numa rede social.
Ontem, o lutador escreveu que tinha chegado em segurança em Toronto, no Canadá, na companhia da namorada, a jornalista neozelandesa Laura McQuillan.
Lee morava há dez meses no Rio de Janeiro, com o objetivo de aprimorar suas técnicas de jiu-jítsu. No último dia 23, segundo o lutador, ele foi abordado por policiais militares, em Duque de Caxias, na Baixada, quando retornava de uma competição em Resende, no Sul Fluminense.
Ainda de acordo com Lee, os policiais o forçaram a entrar numa viatura, sob a ameaça de prisão, e o obrigaram a retirar dinheiro em um caixa eletrônico. Dois policiais militares do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) foram presos administrativamente pela Polícia Militar na noite de segunda-feira (25) e estão detidos na unidade prisional de Niterói.
De acordo com a Polícia Militar, os policiais que foram à casa de Jason Lee eram da Corregedoria da PM e queriam tomar o depoimento dele sobre o sequestro e a extorsão. A Corregedoria instaurou um procedimento para apurar o envolvimento dos policiais no caso.
Delegados da Polícia Federal ameaçam parar às vésperas do evento
Delegados da PF cobraram hoje, em ato público no Rio, mais autonomia para a corporação. Os delegados pretendiam reivindicar também que o governo federal apresentasse ao Congresso Nacional Projeto de Lei sobre a recomposição das perdas salariais da categoria relativas ao período de janeiro de 2012 a abril deste ano. Porém, na noite de ontem, o presidente interino Michel Temer assinou o Projeto de Lei que atende à demanda.
Com vigência de três anos, o Termo de Acordo 006/2016 prevê reajuste médio de 37% para a categoria e revisão de benefícios como os auxílio-saúde, alimentação e pré-escola. Pelo projeto, as parcelas serão recompostas a partir de janeiro do ano que vem, em parcelas anuais, até 2019. Com a assinatura de Temer, a previsão é que o texto seja enviado ao Congresso Nacional ainda nesta sexta-feira.
Segundo o diretor regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal do Rio de Janeiro, Luís Carlos Cruz, a assinatura do termo é uma vitória muito importante, mas não é o bastante, visto que os profissionais da categoria reclamam de falta de autonomia para executar seus serviços.
– O acordo não foi cumprido integralmente pelo governo com a assinatura deste termo. O mais importante são as garantias institucionais para que o delegado possa efetivamente exercer suas funções sem ficar sujeito a pressões políticas, interferências administrativas e até mesmo a pressões econômicas – afirmou.
Ele observou que o advogado-geral da União não defende o delegado, quando este preside um inquérito.
– Então, o delegado acaba ficando refém de seus superiores e tendo de custear sua defesa, caso seja acusado de abuso de autoridade, que é o que acontece nesses casos. E isso é comum. Hoje em dia, vemos delegados indiciando senadores, ministros, deputados, e estes recorrem a isso para fugir daquele processo. Resumindo, queremos mais respeito e autonomia para podermos trabalhar dentro da normalidade.
Caso não haja avanços por parte do governo em relação à autonomia da Polícia Federal, será convocada assembleia geral extraordinária para o dia 2 de agosto, a fim de que a categoria delibere sobre a deflagração do que, caso se concretize, poderá ser a primeira greve dos delegados federais na história da instituição, afirmou Cruz.
– Seria algo histórico, mas que não queremos que se concretize nunca. Por isso, daremos mais alguns dias para esperar uma possível resolução. Caso não aconteça, teremos de tomar essa decisão.
Empresa rompe contrato e Força Nacional fará segurança nas arenas
A Força Nacional de Segurança assumirá mais uma responsabilidade durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, informou que policiais que integram a Força Nacional assumirão também a revista nas entradas dos locais de competição e na Vila Olímpica.
A empresa Artel Recursos Humanos, contratada para prestar o serviço, desistiu do contrato, alegando estar sem dinheiro para convocar pessoal. Mais de 3 mil agentes privados eram necessários para o serviço.
Segundo o ministro, por abandonar o contrato com o governo, a companhia será multada.
– Esse abandono contratual pela empresa, que será multada e responsabilizada, por essa, nao só, incompetência, mas por essa irresponsabilidade, de cadastrar 3 mil pessoas, fizemos toda a verificação dos servidores e, na hora de chamá-las, chamou só 500 alegando dificuldade financeira – disse o ministro.
As revistas pessoais e o monitoramento de aparelhos de raio-X serão feitos agora por policiais militares, entre eles, aposentados nos últimos cinco anos, que já estavam cadastrados. Uma medida provisória foi editada há tres semanas convocandos os agentes aposentados.
A expectativa é que os serviços sejam até mais bem executados, segundo o ministro.
– Os Jogos Olímpicos não sofrerão nenhum prejuízo porque será uma substituição melhor, por policiais militares que se incorporarão à Força Nacional e realizarão, em conjunto, 100% da segurança dos locais olímpicos – acrescentou.
Moraes recebeu, na Base Aérea do Galeão, cerca de 250 policiais militares que chegaram de São Paulo para compor a Força Nacional. Ao todo, eles somarão 1.000 pessoas.
Com informações da Agência Brasil