As pesquisas Índices de Consumo em Supermercados (ICS) e Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apurados pela Alelo, empresa de benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), aponta alta no valor das transações feitas com cartões de benefícios corporativos (vale-alimentação e vale-refeição) nacionalmente, mesmo com momento de inflação em alta.
Segundo os índices, em março, houve um aumento de 8,1% no número de transações efetivadas em supermercados em comparação com o mesmo mês de 2024, com alta de 15,5% no valor gasto e crescimento também do valor médio por transação de 6,9% em termos nominais. Em restaurantes, por sua vez, o aumento do número de transações foi de 2,2% entre os dois períodos, com alta expressiva de 14,1% no valor transacionado. O aumento no valor médio por transação também contribui para esse resultado no faturamento (16,6%).
Entre fevereiro e março 2025, os supermercados registraram aumento de 1,0%, no número de transações, e um incremento de 1,1% no valor das vendas efetivadas nos estabelecimentos. O valor médio por transação, por sua vez, manteve-se praticamente estável no período, contando com uma variação apenas marginal de 0,1%.
Na comparação com o mesmo período de 2024, os resultados apurados em março de 2025 indicaram um crescimento expressivo de 8,1% no número de transações, em paralelo ao aumento de 15,5% no valor transacionado, e de 6,9%, no valor médio por transação nesse mesmo intervalo anual.
Com base no resultado acumulado no primeiro trimestre de 2025, os supermercados registram um crescimento de 8,8% no número de transações, e de 17,9% no valor transacionado – ambos em comparação com o primeiro trimestre de 2024. O valor médio por transação, por sua vez, apresentou uma elevação média de 8,3% entre os dois períodos.
Finalmente, considerando os resultados acumulados nos últimos 12 meses, os supermercados apresentaram um volume de vendas 10,8% superior ao dos 12 meses precedentes. Já em termos de valor (ou seja, de faturamento), a expansão observada foi de 19,6%, contando para tanto com o incremento de 10,9% no valor médio por transação;
De acordo com os dados do IBGE, os preços da alimentação no domicílio, medidos pelo IPCA, registraram alta de 1,3% em março/2025. Em relação a março de 2024 (em 12 meses), a inflação acumulada avançou para 7,9%.
Já os restaurantes, na comparação com mês imediatamente anterior, registraram um decréscimo de 3,2% no número de transações efetivadas em março de 2025. Em contraponto, o valor transacionado no segmento apresentou uma alta mensal de 1,2%, sendo acompanhado pelo aumento concomitante de 4,6% no valor médio por transação.
Comparativamente, entre março de 2024 e março de 2025, houve uma queda de 2,2% no número de transações efetivadas, contrastando com a significativa elevação no valor das vendas desses estabelecimentos (14,1%). Esse resultado pode ser atribuído, em boa medida, ao aumento de 16,6% no valor médio por transação entre os períodos.
Ao final do primeiro trimestre, o segmento apresentou um pequeno crescimento de 1,4% no número de transações, acompanhado de uma elevação de 16,1% no valor transacionado. O valor médio por transação foi 14,5% maior.
No desempenho acumulado nos últimos 12 meses, por sua vez, os restaurantes ainda contabilizaram um avanço de 5,0% no número de transações, além de um aumento significativo de 16,4% no valor transacionado. Esse resultado pode ser explicado, em parte, pelo resultado do valor médio por transação, que cresceu 10,6% no comparativo.
Segundo o IPCA/IBGE, os itens de alimentação fora de domicílio (que incluem refeições fora de casa) apresentaram uma inflação de 0,8% em março de 2025. Nos últimos 12 meses, os preços do subgrupo subiram, em média, 7,2%.
Especificamente no Estado do Rio o setor de supermercados registrou crescimento de 2,2% na receita, em termos reais – já descontada a inflação -, no mês de fevereiro de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este foi o segundo mês consecutivo de alta, reforçando a tendência positiva já observada em janeiro, quando houve avanço de 4,4%.
O resultado é ainda mais expressivo ao considerar a base elevada de comparação: em fevereiro de 2024, o setor já havia apresentado um crescimento robusto de 7,3%. Esse desempenho positivo dos supermercados fluminenses foi decisivo para amenizar a retração de 1,9% registrada pelo varejo do estado no mesmo mês, fortemente impactado pela queda nas vendas de combustíveis (-9,6%).
Para o presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiróz, este crescimento deve ser muito comemorado, pois ele vai em sentido contrário a outros setores ligados ao comércio e varejo no estado, que tiveram queda.
“Para o bem da economia do Rio de Janeiro, este aumento de 2,2% ocorrido no mês de fevereiro no setor dos Supermercados, mostra que estamos no caminho certo. Este crescimento, assim como os 4,4% que ocorreu no mês de janeiro, é motivo de celebração para todos os supermercadistas fluminenses”, observa o executivo.
Nos últimos 20 meses, o setor supermercadista tem se destacado com uma performance superior à do varejo como um todo, confirmando sua resiliência e importância na economia fluminense.
No cenário nacional, a receita dos supermercados apresentou estabilidade em fevereiro, com leve crescimento de 0,1% na comparação anual. Entre as 12 unidades da Federação analisadas pelo IBGE, oito registraram alta, com destaque para o Rio Grande do Sul (7,6%) e Espírito Santo (4,5%). O Rio de Janeiro, com seus 2,2%, ficou em sétimo lugar no ranking nacional e foi o segundo melhor desempenho do Sudeste, atrás apenas do Espírito Santo.
No acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, a receita real dos supermercados fluminenses cresceu 3,3% em relação ao mesmo período de 2024. Esse resultado também se deu sobre uma base elevada, já que o setor havia avançado 6,6% no primeiro bimestre do ano anterior.
Esse desempenho consistente dos supermercados foi essencial para limitar a retração da receita do varejo fluminense no início de 2025, que fechou os dois primeiros meses do ano com queda de 0,6%. Novamente, a principal influência negativa veio da comercialização de combustíveis, que registrou recuo de 11,9% no período.
Ao nível nacional, os supermercados também tiveram um começo de ano positivo, com crescimento de 1,8% no acumulado até fevereiro. Todas as 12 UFs pesquisadas apresentaram avanço nas vendas, sendo o maior no Rio Grande do Sul (9,1%) e o menor em São Paulo (0,3%). O Rio de Janeiro ficou em quinto lugar no ranking nacional e novamente acima da média nacional.
Leia também:
Exportações brasileiras para os EUA caíram pela metade desde 2001
Para China, principal parceiro do Brasil, aumentaram de 3,3% para 28%
Atividade da economia em maio cai 0,7%, mas cresce 4% em 12 meses
Segundo Banco Central, atividade da economia em maio caiu, mas desempenho de março e abril compensa
Balança registra superávit de US$ 1,09 bilhão no início de julho
No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 178,17 bilhões e as importações, US$ 145,8 bilhões, com saldo positivo de US$ 32,37 bilhões
Demanda por crédito no Brasil teve leve queda em maio
Especialista da Neurotech, responsável pelo levantamento, avalia que o cenário ainda não preocupa o setor e projeção de crescimento para 2025 ainda é positiva
Reforma Tributária trará até cinco pontos percentuais a mais no lucro líquido do Varejo e dez pontos percentuais na Indústria
O setor de Serviços, por sua vez, terá que aumentar em até 40% seus preços para manter a lucratividade atual
Setor de serviços fatura mais e já responde por 57% dos empregos
Segundo confederação do setor, salários no primeiro trimestre foram 14,9% superiores à média