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O salto de 13,6% no desemprego aberto no primeiro semestre – de 6,3% no mesmo período de 2001 para 7,3% – pode não revelar toda a extensão dessa chaga social. Por orientação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o IBGE passou a considerar ocupado aqueles que uma semana antes da pesquisa trabalharam pelo menos uma hora semanal. Antes, o tempo mínimo considerado era de 12 horas de ocupação semanal.
O desemprego aberto, medido pelo IBGE, não considera o desalento (pessoas que desistiram de procurar emprego) nem quem tem ocupação temporária. Somados os três critérios, tem-se o desemprego efetivo, que beira cerca de 20% da população economicamente ativa (PEA) ou aproximadamente 15 milhões de brasileiros.

Neonanico
A prosseguir a queda livre de José Serra na preferência do eleitorado, em breve o tucano estará disputando, não o terceiro lugar com Garotinho, mas defendendo a quarta posição das investidas de José Maria (PSTU) e Rui Pimenta (PCO).

Queda
A julgar pelas pesquisas, a presença de José Alencar (PL) como candidato a vice na chapa de Lula não se refletiu em votos. Talvez até o contrário: junto com o discurso para acalmar os mercados, adotado pelo candidato petista, pode ter sido um dos motivos que levaram a bandeira de oposicionista para Ciro Gomes. Lula já adotou novo discurso.

Amnésia tucana
Mesmo antes de decidir a dúvida esquizofrênica entre ser o candidato do continuísmo ou fingir que é oposição, José Serra deveria tomar certas cautelas ao criticar o discurso dos adversários. Por exemplo, ao chamar de demagógica e irresponsável a proposta dos adversários de elevar o salário mínimo, Serra deveria ser lembrado por algum assessor de que, se promessa de candidato fosse coisa séria, o mínimo hoje deveria estar em cerca de R$ 300 ou US$ 100. Palavra do candidato FH em sua primeira campanha. À época, Serra não achou de taxar a proposta nem de demagógica nem de irresponsável.

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Cabo Canaveral
Fica fácil para Serra dizer que vai construir mais moradias que FH. Difícil seria bater o número de planos habitacionais lançados pelo atual presidente e que nunca saíram do papel.

Preço
Estudo do LatinPanel, empresa dos grupos Ibope, Taylor Nelson Sofres e NDP, aponta que 92% dos consumidores escolhem os produtos que compram de acordo com o preço. A marca, de acordo com a pesquisa, agora é o segundo motivo de compra, com 86%. Os dados parecem refletir, além da óbvia queda do poder aquisitivo, a redução nas verbas de publicidade, diminuindo o poder das marcas. Por outro lado, atividades promocionais, que cresceram, têm pouca influência nas compras: os itens brinde e tipo de embalagem são os que menos influenciam na hora da compra da classe A/B, com 13% e 11%, respectivamente.
Os lares de classes com menor poder aquisitivo, D/E, são os que menos dão importância para a marca, com 80%. E é também a classe D/E que menos se preocupa com o tipo de promoção de preço, com 39%. Já a classe A/B coloca a marca e o preço como quesitos primordiais para a escolha de um produto, também com 92% do total de domicílios pesquisados.

Promoção
Os consumidores das regiões da Grande Rio de Janeiro (66%), Grande São Paulo (61%) e interior de São Paulo (56%) são as que mais consultam os folhetos de promoção dos supermercados. Já as regiões Norte e Nordeste, com 31%, são as que menos utilizam essa ferramenta de marketing. Mas para 58% dos domicílios, a promoção preferida ainda é o tradicional desconto de preço. A que vem menos agradando, com 15%, são os sorteios, concursos e cupons. O estudo foi realizado através de um questionário em setembro de 2001 em 6 mil lares que pertencem à amostra do Painel de Domicílios, levantamento regular da LatinPanel sobre produtos de consumo de massa. Esse é o segundo ano em que a pesquisa é realizada. A sondagem representa 68% da população e 77% do potencial de consumo do país.

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