Varejo ampliado registra retração de 3,4% em fevereiro

118

A receita de vendas do comércio varejista registrou retração de 3,4% em fevereiro em relação ao mesmo período de 2015, depois de descontada a inflação que incide sobre a cesta de setores do varejo ampliado. É o que aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), divulgado nesta terça.
O indicador de fevereiro mostra uma evolução sobre o resultado de janeiro, que registrou queda de 6,0%, mas foi beneficiado diretamente pelo efeito de calendário: por ser um ano bissexto, o mês teve um dia a mais do que fevereiro de 2015, responsável pelo impacto positivo de 2,8 pontos percentuais na comparação anual para o mês. Sem o fator calendário, o ICVA computou uma queda de 6,2% em fevereiro, já descontada a inflação – desaceleração em relação a janeiro, que havia registrado baixa de 5,6% nesse mesmo conceito.
O varejo ampliado acumula sete meses consecutivos de queda no desempenho de vendas. Já em termos nominais, a receita de vendas do setor cresceu 5,6% sobre fevereiro de 2015.
A inflação no varejo ampliado registrou alta de 9,3% em fevereiro no acumulado dos últimos 12 meses, puxada principalmente por alimentos e combustíveis. O número indica uma pequena aceleração sobre os 9% de inflação registrados em janeiro.
Vale lembrar que a cesta de compras no varejo ampliado não inclui itens como energia elétrica, aluguel e condomínio, que são contemplados no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e têm apresentado inflação acima da média dos demais itens. O IPCA registrou alta de 10,4% no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro.
Considerando os grandes blocos de setores que compõem o varejo ampliado, o de bens não duráveis foi o único que apresentou aceleração em relação ao mês anterior, puxado principalmente por drogarias e farmácias e postos de gasolina.
O bloco de serviços registrou a maior desaceleração de um mês para o outro, impactado principalmente pelos setores de turismo e transporte, que voltaram a reduzir o ritmo após uma recuperação nos meses anteriores. Alimentação em bares e restaurantes teve leve recuperação, mas continua com forte retração na comparação ano contra ano.
Dentro do grupo de setores que comercializam bens duráveis e semiduráveis, que continua tendo a pior retração do índice, vestuário puxou as vendas para baixo em fevereiro, enquanto o desempenho de móveis, eletrodomésticos e lojas de departamento se manteve estável em relação ao ritmo de janeiro, ainda bastante negativo.
Em fevereiro, novamente, todas as regiões brasileiras apresentaram retração no varejo pelo ICVA deflacionado, ainda que em menor nível em relação a janeiro. Porém, vale lembrar que as regiões também foram impactadas pelo efeito de calendário, comentado anteriormente.
As regiões Norte e Sudeste computaram, respectivamente, 3,4% e 3,8% de retração do varejo em fevereiro. O Nordeste teve queda de 2,5% no período, seguido das regiões Centro-oeste e Sul, com baixas de 1,5% e 1,1%, respectivamente.
O Sul do país foi novamente a região mais impactada pela inflação do varejo ampliado. Pelo ICVA nominal, em que não há o desconto da inflação, a região registrou alta de 9,8% na comparação com fevereiro de 2015. Já as regiões Centro-oeste e Nordeste registraram, respectivamente, altas de 7% e 6% na mesma base de comparação.
Ainda pelo mesmo conceito, a Região Norte computou alta de 5,1% no mês. Já o Sudeste, mercado mais maduro e com maior desafio de crescimento, teve alta de 5% pelo indicador nominal.

Espaço Publicitáriocnseg

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui