De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consum (Ibevar), em parceria com a FIA Business School, o varejo ampliado (incluindo veículos e material de construção), não deve crescer no primeiro trimestre deste ano e o restrito tem previsão de recuo de 0,29 no mesmo período.
Dos sete segmentos identificados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE), três deles (supermercados, produtos alimentícios, veículos e peças) devem experimentar estagnação. Tecidos e vestuário e móveis e eletrodomésticos têm previsão de retrocesso nas vendas de 0,21 e 2,08% respectivamente. A estimativa de expansão fica no setor de artigos farmacêuticos (1,76%) e material de construção (1,12%).
Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, acredita que esse resultado era esperado pelas incertezas do quadro econômico.
“O consumo vinha resistindo graças ao arrefecimento das pressões inflacionárias e a crença de que a trajetória do ritmo de preços voltará a subir aumenta a insegurança, diminuindo ou postergando o consumo”, esclarece Felisoni.
Já de acordo com a terceira edição do estudo de Tendências e Oportunidades – Lazer e Entretenimento, produzido pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e replicada pelo portal Giro News, as operações de lazer aumentaram sua participação de 1,4% para 2,2% entre 2019 e 2023, consolidando os espaços como áreas de conveniência e entretenimento familiar. Segundo a entidade, se considerar a quantidade média de operações, isso representa um avanço de 2,4 para 3,4 operações por empreendimento ao longo do período analisado. No levantamento, o setor de shopping centers contabiliza um total de 121 mil lojas no país.
Ainda, os dados do monitoramento mensal da Abrasce mostram que as operações de entretenimento representam, em média, 10,7% de área bruta locável (ABL) dos empreendimentos. Em relação às vendas, a média mensal em 2022 desse nicho era de R$ 209 por m². Em 2023, esse valor subiu para R$ 266, o que representa um aumento de 27,2%. Entre as subcategorias de lazer, foram mapeadas no último Censo Brasileiro de Shopping Centers, cerca de 10 operações fixas, sendo o cinema a operação com maior índice – presente em 92,4% dos empreendimentos – seguida de operações de diversões (parques e games) com 80,9%.
“O lazer tem se mostrado uma das principais tendências nos shoppings. A pesquisa ‘O Comportamento dos Frequentadores de Shopping Centers’, realizada pela Abrasce, já indicava essa importância, ao apontar o lazer como a segunda maior motivação de visita, com 31% dos consumidores atraídos por atividades de entretenimento e convivência”, comenta Glauco Humai, presidente da Abrasce.
Com informações do portal Giro News