A 9ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que analisou os dados de setembro, aponta queda de 0,5% do volume de vendas do estado do Rio de Janeiro, na comparação anual. O estudo, que apresenta dados mensais de movimentação varejistas, é uma iniciativa da Stone e teve como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve, que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos EUA. São consideradas as operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo. O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos, médios e grandes varejistas e divulgar um retrato do setor nacional.
Entre todos os segmentos, dois apresentaram alta, sendo um deles o de artigos farmacêuticos com crescimento anual do volume de vendas de 0,6%, com este resultado o setor se consolida como um dos segmentos mais estáveis e de melhor performance no ano. O outro que cresceu no volume de vendas foi o de móveis e eletrodomésticos (1,6%). Outros quatro não conseguiram alcançar resultados positivos, com a maior queda registrada no setor de livros, jornais, revistas e papelaria (12,7%). Material de construção (1,3%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%); e tecidos, vestuários e calçados (0,8) também tiveram quedas.
Nove estados registraram alta na comparação ano contra ano: Tocantins (9,4%), Espírito Santo (3,3%), Pará (2,6%), Santa Catarina (1,6%), Mato Grosso do Sul (1,4%), Rondônia (1,2%), São Paulo (1,0%), Paraná (0,7%) e Minas Gerais (0,4%). Com relação às quedas os destaques são: Nas regiões Norte e Nordeste: Amapá (14,5%), Amazonas (9,1%), Alagoas (8,4%) e Rio Grande do Norte (8,3%). Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste: Rio Grande do Sul (7,3%), Distrito Federal (5,2%), Mato Grosso (4,6%) e Goiás (2,5%).
O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo avalia seis segmentos: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; livros, jornais, revistas e papelaria; móveis e eletrodomésticos; tecidos, vestuários e calçados; e material de construção.
Já segundo o IBGE, em agosto, o volume de vendas do comércio variou -0,2% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após alta de 0,7% em julho de 2023. A média móvel trimestral, depois de variar de 0,1% no trimestre encerrado em julho de 2023, voltou a apresentar variação próxima de zero no trimestre encerrado em agosto (0,2%). Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista apresentou alta de 2,3% frente a agosto de 2022. O varejo acumula 1,6% de janeiro a agosto de 2023 com relação ao igual período de 2022. No acumulado dos últimos 12 meses, o varejo chegou a 1,7% em agosto de 2023.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas recuou 1,3% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após variação de -0,4% em julho de 2023. Com isso, a média móvel trimestral para o varejo ampliado variou -0,1%. Na série sem ajuste sazonal, o varejo ampliado cresceu 3,6% frente a julho de 2022, completando seis meses com crescimento ininterrupto. O acumulado no ano foi a 4,2% e o acumulado em 12 meses foi de 2,7%.
Em agosto, o comércio varejista do país registrou variação negativa de 0,2%, indicando estabilidade na margem. Com isso, a diferença do nível de vendas em agosto de 2023 para o pico da série histórica (outubro de 2020) é de -2,4%.
O volume de vendas do comércio varejista teve equilíbrio entre taxas negativas e positivas, na passagem de julho para agosto de 2023, na série com ajuste sazonal. Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,2%), móveis e eletrodomésticos (-2,2%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), obtiveram taxas negativas. Híper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%), combustíveis e lubrificantes (0,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,2%), e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,1%) tiveram taxas positivas de julho para agosto de 2023.
Já os setores adicionais do comércio varejista ampliado apresentaram comportamento distinto: crescimento de 3,3% para veículos e motos, partes e peças e variação de -0,1% para material de construção.
No confronto entre agosto de 2023 e agosto de 2022, o comércio varejista teve predominância de variações negativas, atingindo cinco das oito atividades: livros, jornais, revistas e papelaria (-15,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,9%), tecidos, vestuário e calçados (-7,0%), combustíveis e lubrificantes (-3,5%) e móveis e eletrodomésticos (-1,5%). Por outro lado, três atividades apresentaram crescimento no indicador interanual: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,5%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,2%) e híper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%).
Com informações da Agência IBGE de Notícias