Comércio eletrônico cresceu 154% na semana do Natal

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E-commerce (Foto: Pixabay/CC)
E-commerce (foto Pixabay/CC)

Num ano impulsionado pelo distanciamento social, o mês de dezembro registrando uma evolução de três dígitos no comparativo com 2019 no Brasil quando se trata de vendas pela internet. De acordo com o levantamento da Mastercard, SpendingPulse, que mede os gastos dos consumidores em todos os tipos de pagamento, incluindo dinheiro e cheque, as vendas virtuais no Brasil durante a semana do Natal (de 20 a 26 de dezembro), cresceram 154% em comparação ao período entre 22 e 28 de dezembro de 2019. Os setores de maior destaque em vendas foram: drogarias (213,1%), móveis (137%) e eletrônicos com 136,1%.

Durante a semana do Natal, o varejo tradicional registrou uma expansão de 10,8%, com destaque para os setores de móveis e eletrônicos que cresceu 14,3%, e de artigos de uso pessoal e doméstico (artigos esportivos, joalheria, brinquedos), que expandiu 10,9%, no comparativo com o ano de 2019.

Nas exportações de calçados, a venda virtual também deve se perpetuar: a perspectiva é de aumento nas exportações brasileiras de calçados em 2021.

“Vendas e feiras em plataformas digitais vieram para ficar no mercado externo de calçados”, foi o que pontuou Haroldo Ferreira, presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Segundo ele, embora não tenha dados específicos para o mercado árabe, na região a tendência virtual deve se consolidar neste ano.

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“A região árabe muitas vezes é atendida pelo Brasil nas feiras da Itália. A Expo Riva Schuh, por exemplo, vai ser em formato online agora em janeiro. Também em formato online, teremos outras feiras, como a Micam Milano. Em junho, está previsto que expositores brasileiros já possam participar de outros eventos, mas no caso das participações presenciais existem dois problemas: a restrição e o receio. Por isso, esse formato digital acreditamos que possa se perpetuar pós-Covid”, explicou Ferreira.

Questionado sobre como seriam as visitas de importadores a feiras no Brasil e no exterior, Ferreira explica que a ideia é aliar as ferramentas digitais às feiras físicas, conforme elas tornem a ocorrer. “Fizemos a parceria com a plataforma americana Joor, por seis meses. Estamos testando. Há importadores que só operam nessa plataforma. Mas nós temos as feiras físicas tanto nos EUA quanto na Europa, que esperamos que aconteçam. E os compradores que iam àquelas feiras vão continuar indo”, pontuou.

De janeiro a dezembro de 2020 o Brasil exportou 93,8 milhões de pares, uma queda de 18,6% frente a 2019. Já nos 11 primeiros meses do ano, a produção nacional foi de 654,1 milhões de pares, número 23,4% menor do que no mesmo período do ano anterior.

Em um cenário em que a vacinação se torne uma realidade no Brasil e o comércio se mantenha aberto, a Abicalçados projeta que em 2021 a exportação volte a crescer, com expectativa de 14,9% mais vendas frente a 2020. “Deveremos chegar a 107,7 milhões de pares embarcados”, apontou Ferreira. Ele lembrou, no entanto, que o dado ainda representa um retrocesso a níveis de oito anos atrás.

O crescimento também é esperado na produção nacional neste ano. O volume de calçados fabricados deve crescer 14,1% sobre 2020, totalizando 810 milhões de pares de calçados em 2021. O número se equipara ao que era produzido uma década atrás.

 

Com informações da Agência de Notícias Brasil-Árabe

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