Varejo eletrônico cresceu 3,6% em tráfego impulsionado por material escolar

Quase metade dos consumidores gastou mais de R$ 1.000 por filho na compra do material didático

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Loja de material escolar (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Loja de material escolar (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

Seguindo a mesma tendência do ano passado, o primeiro mês do ano permaneceu com fluxo intenso de usuários nas plataformas do comércio eletrônico brasileiro. De acordo com o Relatório Setores do E-commerce, foram 2,67 bilhões de visitas únicas, número 3,6% maior do que o registrado em dezembro. Já em relação a janeiro de 2023, porém, houve queda de 4%. À época, 2,78 bilhões de visitantes navegaram pelo comércio eletrônico do país. Nos últimos 12 meses, o melhor desempenho permanece em novembro passado, quando o tráfego chegou a 2,81 bilhões.

Boa parte desse resultado positivo de janeiro deste ano se deve à demanda por material escolar: em janeiro, o setor de educação, livros e papelaria cresceu 37,5% no mês, um dos maiores crescimentos registrados por um único segmento nos relatórios dos últimos meses.

Já pesquisa realizada pela fintech Koin sobre os gastos das famílias brasileiras neste período de volta às aulas revelou que as mães são responsáveis pelas compras de material escolar em 52,1% dos lares. Os pais se dedicam à aquisição dos itens em apenas 12,5% das situações e em outros 30%, os dois fazem a compra juntos. Apenas 5,4% dos participantes delegam a tarefa para outros parentes, como avós e tios.

O material escolar foi apontado como o item que mais pesa no orçamento (40,4%) das famílias, quando se fala em educação, um pouco acima do livros didáticos (37,9%). Também preocupa o valor das matrículas (12,1%), além da aquisição de eletrônicos como tablets e calculadoras (6,3%), exigidos por algumas escolas da rede privada, e os tradicionais uniformes (3,3%).

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A explicação vem em outro ponto da pesquisa: 45% dos entrevistados disseram ter gastado mais de R$ 1 mil com material didático (livros e apostilas, por exemplo), por filho. Já com relação a itens de papelaria, 62,1% dos entrevistados afirmaram que o gasto foi superior a R$ 300 por filho, seja comprando em lojas físicas ou online.

O levantamento mostra, ainda, que 73,3% das pessoas pesquisam antes de comprar e 21,3% assumiram que só vão atrás de preços diferentes às vezes. Apenas 5,4% dos respondentes compram sem comparação de valores previamente. Esses números são complementados por outro: 31,3% dos respondentes afirmaram que as visitas a lojas de rua são a melhor forma de pesquisar, enquanto 25,4% vão aos sites das lojas e 21,3% aos comparadores de preços online. Pedidos de orçamento nas lojas são a opção de 10,5%; indicações de amigos e parentes são a opção de 7,5%; enquanto 3,3% do total dos participantes usam as redes sociais e 0,8% são adeptos de outros métodos para buscar as melhores condições de compra.

Um pouco mais da metade dos respondentes (50,4%) disse que compra das duas formas, a depender do item. Já 39,6% preferem as lojas físicas e apenas 10% compram todo o material escolar pela internet.

A forma de pagamento preferida para a aquisição do material escolar é o cartão de crédito (65,4%), seguido pelo Pix (36,7%), dinheiro (30,8%), débito (27,5%) boleto parcelado (22,9%) e Pix parcelado (15%).

Quatro em cada 10 pessoas que responderam à pesquisa revelaram que não fazem planejamento para este tipo de pagamento. Outros 36,3% fazem uma reserva o ano inteiro. Já 12,5% deixam o 13º salário para essa despesa e 11,2% recorrem a parentes para pedir ajuda. “Quando analisamos os dados, notamos que quase a metade das pessoas (48,8%) planeja os gastos, considerando quem economiza ao longo dos meses ou usa o 13º para fechar as contas. O cartão de crédito aparece como o meio de pagamento mais utilizado pelos respondentes para efetuar as compras de material escolar.

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