As vendas de varejo no período agosto – outubro de 2023, no conceito restrito, isto é, excluindo veículos e material de construção, devem crescer 0,5%. No caso do varejo ampliado, onde estes dois segmentos estão presentes, a expansão estimada é de1,07%.
Dos 11 segmentos considerados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE), apenas para dois deles constata-se retração: livros, jornais e revistas (-7,86%) e itens de uso pessoal (-1,5%). Para os demais segmentos é apontado crescimento: tecidos e vestuário (4,8%), artigos farmacêuticos (1,15%), móveis e eletrodomésticos (0,6%), material de construção (0,5%) e supermercados (0,3%). para os ramos veículo, combustíveis e material de construção se constata estabilidade.
Por outro lado, a movimentação de vendas no comércio paulistano mostrou queda no mês de julho de 0,5%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), configurando o segundo mês de retração interanual.
No acumulado dos últimos 12 meses, apesar de ter sido registrado crescimento de 2,3%, este foi menos intenso do que os observados em junho e maio (4,7% e 7,8%, respectivamente).
Segundo a entidade, “esses resultados refletem, além do menor número de dias úteis, a “perda de fôlego” do consumo, devido ao menor crescimento da renda, ao alto grau de endividamento das famílias e ao crédito mais caro e escasso.
A expectativa dos economistas do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da ACSP, para os próximos meses, é de continuidade no arrefecimento das vendas do comércio paulistano, até pelo menos o último trimestre do ano, quando os efeitos da redução de juros tendem a estimular o consumo.
Já no Rio, pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec-RJ), ligado à Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro, com 287 consumidores do estado do Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 27 de julho, mostra que o índice geral registrou avanço de 6,8 pontos em julho (96,2 pontos) em relação a junho (89,4 pontos). O indicador foi puxado pela melhora dos gastos com bens duráveis nas situações presente e futura.
A situação presente, que no mês passado ficou em 77,4 pontos, subiu em julho para 84,9. Um crescimento de 7,5 pontos. O destaque foi o consumo de bens duráveis que passou de 85,0 pontos para 95,2, representando um incremento de 10,2 pontos.
A situação futura também apresentou elevação de 97,3 pontos, em junho, para 103,7, em julho. O aumento foi de 6,4 pontos.
De acordo com a pesquisa, o nível de endividamento também apresentou queda entre os consumidores: 23,3% se declararam endividados, enquanto que, em junho, o índice era de 29,3%, representando uma diminuição de 6 pontos nesse indicador. Além disso, o nível de inadimplência apresentou queda, atingindo 54,7% dos consumidores, ante 56,7% em junho.