O Governo do Equador investiga o vazamento de dados na internet de 98% de sua população. Os 18 gigabytes incluem informações pessoais, dados bancários, tributários e previdenciários de cerca de 17 milhões de equatorianos.
O vazamento foi descoberto pela companhia israelense vpnMentor. Os dados estavam armazenados em uma nuvem gerenciada pela empresa Novaestrat, e que não estava devidamente segura.
A notícia mostra os riscos de privatização do Serpro e da Dataprev, como pretende o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes. As duas empresas brasileiras são responsáveis pela guarda das informações de Imposto de Renda e previdenciárias, entre outros dados sensíveis.
A Novaestrat é uma empresa encarregada de desenvolver e implementar sistemas de inteligência para o mercado equatoriano, segundo a página na internet da empresa – que não estava no ar nesta segunda-feira. O acesso ao servidor hospedado na Amazon foi restringido após a intervenção da equipe de segurança cibernética de emergência no Equador, segundo informaram as agências de notícias.
Os dados de registro civil são vendidos a empresas privadas. Porém, as informações do Banco del Instituto Ecuatoriano de Seguridad Social (BIESS) não são comercializados e não deveriam estar disponíveis para a Novaestrat.
A ministra do Interior, María Paula Romo, afirmou que o governo trabalha em uma investigação que “permitirá nas próximas horas informar com clareza quem são os responsáveis pelo que aconteceu”.