O Governo da Dinamarca considera os vazamentos dos gasodutos Nord Stream foram “ações deliberadas”. “É a avaliação clara das autoridades de que estas são ações deliberadas. Não foi um acidente”, disse a primeira-ministra Mette Frederiksen a jornalistas nesta terça-feira.
Na segunda-feira, autoridades dinamarquesas e suecas disseram que vazamentos foram identificados em dois gasodutos – Nord Stream 1 e seu gêmeo, Nord Stream 2 – sob o Mar Báltico, na costa da ilha de Bornholm, na Dinamarca, perto das zonas econômicas exclusivas de Dinamarca e Suécia.
Frederiksen disse que “duas explosões” foram registradas, mas ela se recusou a especular sobre quem poderia ser o responsável.
Dan Jorgensen, ministro do Clima, Energia e Serviços Públicos, disse que “os tubos de gás estão a uma profundidade de 70 a 90 metros e consistem em camadas de aço e concreto com mais de 12 centímetros de espessura, respectivamente. A natureza dos vazamentos indica que são buracos tão grandes que não podem ter acontecido por acidente”. Ele disse que os vazamentos não devem causar problemas de segurança de fornecimento no curto prazo.
Citando o serviço de inteligência estrangeira da Dinamarca, o ministro da Defesa, Morten Bodskov, disse que não viu nenhum aumento da ameaça militar contra a Dinamarca após os vazamentos. “Gostaria de enfatizar que o serviço de inteligência da Defesa não considera que haja uma ameaça militar crescente à Dinamarca”, disse Bodskov.
Ele acrescentou que nenhum aviso prévio foi recebido, mas que houve um aumento nas tensões ao redor do Mar Báltico. “Este é um assunto sério. A Defesa está aumentando sua presença em Bornholm”, disse ele. Bodskov tem uma reunião previamente agendada dedicada aos oleodutos Nord Stream com Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na manhã desta quarta-feira.
Com Agência Xinhua
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