A venda de eletroeletrônicos apresentou alta de 34% no primeiro semestre de 2024 e possibilita recuperação de parte das perdas sofridas pela indústria nacional de eletroeletrônicos nos últimos anos.
Levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) aponta que, de janeiro a junho deste ano, foram comercializados 51.530.634 milhões de unidades de aparelhos eletroeletrônicos no país, ante a 38.341.825 milhões entre os seis primeiros meses de 2023.
Na avaliação da entidade, alguns indicadores macroeconômicos promoveram uma melhora na economia, com reflexo positivo sobre o consumo, impactando os resultados do setor.
O levantamento apresenta indicadores positivos para todos os segmentos setoriais. O melhor desempenho foi o de ar-condicionado, com 88%, seguido da linha portátil com 40%
A linha marrom, com crescimento de 20%, por sua vez, também apresentou um resultado bastante satisfatório. A linha branca cresceu 16%, também um resultado acima da média dos anos anteriores no período.
Por fim, os monitores de computador, fabricados na Zona Franca de Manaus, que compõem os produtos da Linha TIC-Amazônia também apresentaram alta de 14%.
Para o segundo semestre, o setor eletroeletrônico divide-se entre o otimismo e a cautela. Segundo a Eletros, são muitas as variáveis que podem interferir na continuidade do bom desempenho do setor. Entre elas, os fatores macroeconômicos como controle da inflação, ajuste fiscal e Taxa Selic.
Outro ponto de atenção para o setor no segundo semestre é o impacto dos fatores climáticos, como a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul e a seca prevista para Região Amazônica, que pode ser ainda mais severa do que a registrada em 2023.
De acordo com a Eletros, situações críticas como estas atrapalham o abastecimento dos comércios locais e acabam prejudicando todos os setores, incluindo o eletroeletrônico. No entanto, o impacto social é tão profundo que acaba exigindo soluções bastante complexas para que a população possa voltar a ter uma vida dentro da normalidade habitual.
Ainda no contexto climático, a entidade avalia uma eventual retração nas vendas de aparelhos de refrigeração e climatização por conta do fenômeno La Niña, tendo em vista que uma de suas características é a queda nas temperaturas médias em todo território nacional.
Na visão da Eletros, a economia do país pode ser impactada de forma ainda mais positiva se o consumo for retomado com foco na busca de produtos eletroeletrônicos mais eficientes. Para isso, deve-se estimular o consumidor à aquisição destes produtos.
A entidade aponta que os ganhos podem ser diversos. Entre eles, a melhora no meio ambiente, com eventual redução no consumo de recursos hídricos e energia, o que geraria uma economia significativa nas contas de água e luz.
Já levantamento da OLX aponta que aparelhar a moradia com eletrodomésticos de segunda mão pode custar até 76% mais barato. O cálculo compara preços médios de produtos usados, encontrados por meio da plataforma, com o valor praticado no mercado em relação aos itens novos. Para este levantamento, foram considerados os custos de geladeira, fogão, lava e seca, lava-louças, micro-ondas e ar-condicionado, entre outros aparelhos que figuram no ranking de mais vendidos e que atendem às necessidades essenciais de um lar.
Entre os itens avaliados, a geladeira é o mais vendido por meio da OLX, com 35,7% do share, seguido pelo fogão na segunda posição, com 19,7% das comercializações, e pelo ar-condicionado, em terceiro lugar, com 12,8% de participação. Dentre os eletrodomésticos listados, o mais procurado é a geladeira, seguida do ar-condicionado e do fogão. A maior variação de crescimento é do ar-condicionado, com aumento de 65% na procura, seguido pela geladeira, com 21% e fogão com 14%. Entre os artigos mais anunciados, os três primeiros colocados permanecem os mesmos, com alterações de posição do segundo e do terceiro lugar.