Vendas de carros usados caíram no mês passado

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carros usados. Imagem: divulgação
CC

A Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) divulgou o resultado das vendas de veículos seminovos e usados, durante o mês de janeiro. O relatório mostra uma queda, em comparação ao mês de dezembro de 2021, de 29,9%, sendo comercializados, em janeiro, 842.118 unidades, contra 1.201.600 no último mês de 2021.

A entidade informa que o resultado é inferior ao registrado no mesmo período de outros anos, resultado de uma maior cautela dos consumidores em relação à economia. A federação já havia ressaltado que o aumento dos compromissos com impostos e outras despesas, comuns no começo de ano, poderiam influenciar e fazer oscilar os índices de confiança do consumidor na economia, e que poderia afetar as vendas neste princípio de 2022.

O registro de vendas mostra que os veículos com mais idade, com 13 anos ou mais, foram os mais procurados pelos consumidores, seguidos pelos com um uso entre 4 e 8 anos.

Gol, Fiat Uno e Palio foram os primeiros colocados no ranking dos automóveis mais procurados. Entre os comerciais leves se destacaram o Fiat Strada, a Saveiro e a S10. Já as motos Honda CG 150, CG 125 e Biz foram as preferidas dos consumidores no período.

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O presidente da Fenauto, Enilson Sales, enxerga 2022 como um ano bem desafiador. “Temos ainda uma certa insegurança sobre como se comportará a crise sanitária da Covid, com a possibilidade de novos repiques que podem influenciar o comportamento do consumidor. Além disso, temos preocupações com o aumento da inflação, as oscilações do câmbio e, para concluir, um ano eleitoral, que sempre mexe com o humor da economia. Por isso, continuamos com uma certa cautela otimista para 2022.”

Já segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículo Automotores (Fenabrave), em janeiro, as transações de veículos usados apresentaram queda de 29,89% em relação a dezembro/2021, e de 27,35% sobre janeiro de 2021. No total, foram 842.751 veículos transacionados no primeiro mês de 2022.

“Assim como acontece no mercado de novos, a comercialização de usados também foi afetada por fatores como a seletividade e o custo de crédito, e a queda no poder de compra da população, além da própria escassez de veículos novos, que interfere no mercado, já que muitos usados ou seminovos são negociados no processo de compra de um zero quilômetro”, afirma José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, citando, ainda, as chuvas e a disseminação da variante Ômicron como razões para a queda na passagem de loja.

Segundo ele, apesar de os usados terem batido recorde histórico de transações, em 2021, no segundo semestre do ano passado, o mercado começou a ter um movimento natural de ajustes de volume, tanto que enfrentou três meses de retração (setembro a novembro).

“As vendas de veículos usados vinham em um ritmo muito forte, na primeira metade do ano, e, no segundo semestre, notamos um ajuste no ritmo. Tivemos um aumento de oferta de alguns veículos novos, cujas fábricas conseguiram melhores volumes de produção, e essa acomodação em usados ocorre naturalmente”, diz.

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