Vendas de carros usados já passam dos 3,5 milhões no trimestre

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Veículos usados (Foto: divulgação)
Veículos usados (Foto: divulgação)

Relatório mensal da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) com as vendas de veículos seminovos e usados no mês de março mostrou que foram comercializadas 1.181.376 de unidades, um crescimento de 3,4% em relação a fevereiro. O total acumulado no ano já alcançou a marca de 3.525.531 de veículos comercializados, um volume 4,9% maior do que o mesmo período de 2023.

A comparação de março 2024 com março de 2023, em termos de resultados em dias úteis, mostra um crescimento 3,7%, enquanto que, no acumulado (de janeiro a março), o resultado positivo foi ainda maior (11,8%). Cabe ressaltar que média diária de vendas tem se mantido em torno de 60 mil unidades, a melhor já registrada para o mês de março nos últimos seis anos.

“Estamos mantendo uma média diária de vendas que é a melhor dos últimos anos, sustentando a nossa expectativa de bons resultados para 2024. Nossa projeção é de fecharmos o ano com um saldo de 14,5 ou 15 milhões de veículos usados vendidos”, afirma Enilson Sales, presidente da Fenauto.

A 24ª edição da pesquisa Global Automotive Executive Survey, conduzida pela KPMG com 1.041 executivos globais do setor automotivo, sendo 33 do Brasil apontou que quase metade (42%) dos executivos automotivos brasileiros estão extremamente confiantes e 45% razoavelmente confiantes de que o setor terá um crescimento mais lucrativo nos próximos cinco anos, totalizando índice de 87% confiantes. A título de comparação, entre os japoneses, 10% estão extremamente confiantes, bem menos que os 32% indicados anteriormente. Na Europa Ocidental, aqueles extremamente confiantes caíram de 31% para 24%. Nos EUA, de 48% para 43%. A confiança extrema aumentou somente na China, de 28% para 36%.

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O levantamento abordou também a visão dos executivos do setor sobre veículos elétricos (VEs). Na Europa Ocidental, por exemplo, os respondentes estimaram, no ano passado, que os veículos elétricos a bateria representariam 24% das vendas em 2030, estimativa que agora subiu para 30%. Nos EUA a estimativa passou de 29% para 33%, na China de 24% para 36%. Entre os brasileiros, a estimativa é de 23%. Por outro lado, os respondentes globais da pesquisa estão menos otimistas sobre o quão cedo os VEs podem atingir a paridade de custos com carros convencionais. No ano anterior, mais da metade (70%) dos executivos disseram esperar a paridade até 2030, índice que caiu para 66% agora. Ainda assim, 87% dos executivos chineses de fabricantes de equipamentos originais (original equipment manufacturer – OEMs) esperam a paridade até 2030, em comparação com 71% no ano passado. Entre os brasileiros, o otimismo também cresceu, de 30% para 61% entre o levantamento anterior e o atual.

A publicação evidenciou ainda que mais de dois terços dos fabricantes de OEMs preveem um aumento de preços de 5% a 10% em 2024. Entre os brasileiros, esse percentual é de 73%, atingindo 100% entre os fabricantes de caminhões, startups de mobilidade, revendedores independentes e fornecedores energia/infraestrutura de carga.

Em função dos desafios e oportunidades, a pesquisa da KPMG listou também quatro prioridades para os líderes posicionarem melhor suas empresas e transformarem o setor automobilístico. A primeira está na diversificação das apostas e no comprometimento com uma visão de futuro, ou seja, considerar as perspectivas tanto do motor de combustão interna quanto das possíveis alternativas. Outra prioridade é a incorporação da Inteligência Artificial (IA), que deve impactar todos os aspectos do negócio automobilístico, desde a forma como os carros são projetados e fabricados até as maneiras como são vendidos e dirigidos.

A terceira prioridade, segundo a KPMG, está em encontrar os colaboradores certos. Considerando que ninguém pode fazer tudo sozinho, as empresas do setor precisam refletir melhor sobre trabalhar com o ecossistema e encontrar alianças e parcerias de negócios. Finalmente, a quarta prioridade é enfrentar os desafios globais, e a saída está em acelerar uma estratégia mundial que contribua para o lucro a partir das diferenças entre mercados, não apenas das semelhanças.

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