As vendas de veículos eletrificados (híbridos e 100% elétricos) leves aumentaram 78% no primeiro quadrimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2022, o mercado já contabiliza 12.976 unidades comercializadas, contra 7.290 no primeiro quadrimestre de 2021. O levantamento foi divulgado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Além disso, o total de eletrificados em circulação no país chegou a 90 mil veículos e, no ritmo atual, deverá passar de 100 mil entre julho e agosto deste ano, segundo a entidade. Para especialistas, um fator que provocou o crescimento da procura por este tipo de automóvel é o forte aumento dos preços dos combustíveis no Brasil. O mundo registrou o número recorde de 6,6 milhões de carros elétricos vendidos em 2021, aponta relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
De acordo com a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), esse setor automobilístico promete mexer também com a indústria do aço; em 2018 a associação previa que até 2030 a maioria das montadoras terão alguma plataforma de veículos elétricos em seus portfólios – a sueca Volvo, por exemplo, se auto impôs produzir somente carros elétricos a partir desse ano. Parte desse movimento europeu deve-se a uma proposta de lei que proíbe a venda de carros com motor a combustão a partir de 2035.
De acordo com o gerente de marketing da Açovisa, Giovanni Marques da Costa, a indústria automobilística vem se adaptando às novas demandas de baixa emissão e um melhor custo-benefício para os clientes, que estão cada vez mais exigentes. Isso impacta no mercado siderúrgico em geral.
“Um grande exemplo é a migração de preferência do consumidor para carros hatch dos anos 2000 para cá. Hoje os hacht são maioria, mas nem por isso o setor siderúrgico perdeu.”.
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