Vendas do comércio crescem 10,1% no primeiro semestre

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Loja de eletrodomésticos (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Loja de eletrodomésticos (foto de Fabio Rodrigues Pozzebom, ABr)

As vendas do comércio físico brasileiro registraram aumento de 10,1% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse foi o maior crescimento semestral desde 2010, no entanto, segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “é preciso levar em consideração que a alta observada é uma recuperação parcial, pois não compensa a queda expressiva relacionada a pandemia em 2020”.

O segmento de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática ganhou destaque, pois cresceu 13,6% no primeiro semestre deste ano. Porém, o cenário também registra retrações, estas para os setores de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, bem como, combustíveis e lubrificantes.

“Os números do acumulado de janeiro a junho em 2021 poderiam estar melhores, mas a segunda onda de Covid-19 e as restrições de funcionamento impostas ao varejo impactaram a retomada”, explica o economista.

De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, junho de 2021 teve alta de 1,1% ante o mês anterior. Mesmo em desaceleração, essa é a segunda expansão do ano, já que maio marcou a primeira, com aumento de 3,6%. Nessa análise, o segmento de tecidos, vestuários, calçados e assessórios teve um crescimento expressivo, de 30,9%, que impulsionou o cenário positivo do índice. Os únicos setores a marcarem queda foram os de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, assim como material de construção.

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Luiz Rabi explica que embora os comércios tenham voltado a funcionar com restrições mais leves em maio, a confiança financeira do consumidor segue abalada.

“Com o alto nível de desemprego e a diminuição do auxílio emergencial, as pessoas ainda estão seguindo o modelo de consumo por necessidade, o que afeta as vendas do varejo. A alta expressiva do setor de tecidos, vestuários, calçados e acessórios pode estar ligada ao período de frio iniciado em junho, que reforçou a demanda por esses itens”.

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