Vendas do comércio encerraram 2021 com alta de 4,9%

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Loja de eletrodomésticos (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Loja de eletrodomésticos (foto de Fabio Rodrigues Pozzebom, ABr)

O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, apontou aumento de 4,9% no acumulado anual de 2021 em comparação ao ano anterior nas vendas do varejo físico brasileiro. Em 2020, foi registrada a maior retração de toda a série história do índice, iniciada em 2001 e teve queda de 12,2%. De acordo com o levantamento, as vendas por segmento oscilaram e alguns setores apresentaram alta enquanto outras tiveram queda. A área de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática impulsionaram o índice e apresentou aumento de 9,5%, já a maior baixa foi em combustíveis e lubrificantes (7,9%).

Na análise anual (dezembro de 2020 ante dezembro de 2021) o levantamento apontou queda de 4,7% nas vendas do comércio brasileiro. Durante todo o ano, esta foi a maior retração apresentada. Em relação aos segmentos, o único que apontou aumento foi o de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (5,4%), os demais demonstraram recuo, com destaque para combustíveis e Lubrificantes, que caiu 15,6%.

De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, divulgada na última sexta-feira, o volume de vendas no varejo restrito subiu 0,6% em novembro na comparação mensal dos dados dessazonalizados. O resultado foi melhor que a mediana das projeções do mercado, que apontava estabilidade, e variavam de uma queda de 2,8% a uma elevação de 0,4% no período. Dentre os destaques, as vendas foram puxadas para cima, sobretudo, pelo segmento de super e hipermercados, que subiu 0,8% no mês. Na contramão, móveis e eletrodomésticos, tecidos, vestuário e calçados e combustíveis e lubrificantes apontaram queda de 2,3%, 1,9% e 1,4%, respectivamente. Por outro lado, na comparação interanual foi observada uma retração de 4,2%, que contribuiu para a desaceleração dos resultados acumulados. No ano e no acumulado em 12 meses, o crescimento passou de 2,6% para 1,9%.

A desaceleração do crescimento nas vendas varejistas já era esperada pelos economistas da Boa Vista, dado que o seu indicador de Movimento do Comércio havia registrado queda de 2,8% em novembro na comparação interanual. Dentre as razões disso, a redução da confiança observada em novembro tanto de consumidores quanto de comerciantes, e, sobretudo, a falta do auxílio emergencial, pago até o mês de outubro, pesaram sobre a decisão e sobre o orçamento das famílias. Tanto que, os consumidores se mostraram mais cautelosos durante a Black Friday e optaram mais por itens básicos, deixando um pouco de lado aqueles outros itens, costumeiramente, mais desejados e de maior valor, como aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos.

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Segundo os economistas da Boa Vista, esse cenário é um presságio dos números referentes ao mês de dezembro que ainda serão divulgados. Com inflação e juros mais elevados, menos auxílios e confiança, a tendência de desaceleração na curva de longo prazo tende a se manter, de modo que o varejo deve encerrar o ano de 2021 com crescimento próximo a 1,5%.

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