Vendas do comércio físico tiveram alta de 0,6% em julho

Veículos, motos e peças puxou o crescimento (1,5%); pesquisa mostra que 68% dos varejistas oferecem recompensas para consumidores fiéis

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Carros usados à venda (Foto: ABr/arquivo)
Carros usados à venda (Foto: ABr/arquivo)

Julho foi marcado por uma alta de 0,6% nas vendas do varejo físico brasileiro, de acordo com os dados do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. Este foi o quinto mês de 2024 que apresentou crescimento, o que mostra sinais de recuperação econômica do comércio.

Na análise por setor, com exceção de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, todas as categorias registraram números positivos, e o segmento de veículos, motos e peças expressou o melhor desempenho, com 1,5%.

Ainda segundo o levantamento, a variação anual do Indicador de Atividade do Comércio revelou um aumento de 3,3% em relação a julho de 2023. Nesse contexto, o setor de combustíveis e lubrificantes marcou alta de 9,2%, seguido por tecidos, vestuário, calçados e acessórios (5,7%), móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (3,0%), veículos, motos e peças (2,1%) e material de construção (0,2%).

Já de acordo com o Relatório Varejo 2024 da Adyen, líder global de tecnologia de pagamentos para grandes empresas, 72% dos consumidores brasileiros acreditam que os melhores programas de fidelidade são aqueles que oferecem desconto na próxima compra, e 60% dos entrevistados estão mais propensos a fornecer seus dados pessoais se receberem descontos em troca.

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No Brasil, o segmento de roupas e acessórios é o que mais promove estratégias de fidelização aos consumidores, com 80% de aderência, seguido pelos setores de produtos de luxo (74%), esportes (72,5%) e eletrônicos (72%). A pesquisa, realizada junto ao Centro de Pesquisa Econômicas e de Negócios (Cebr), contou com a participação de 38 mil consumidores e 13 mil varejistas em 26 países, sendo 2 mil consumidores e 500 empresas apenas no Brasil.

Apesar de os benefícios gerados pelos programas de fidelidade serem atrativos para os consumidores, nem todos se mostram adeptos à estratégia. Metade deles (50%) acredita que os programas exigem tempo e esforço para valerem a pena, e 53% pontuaram que raramente recebem ofertas que realmente queiram. Para 45%, uma melhor experiência de compra é preferível a um programa de fidelidade.

O Relatório Varejo 2024 também destaca a personalização como base para uma boa estratégia de fidelização e impulsionamento da experiência do consumidor, mas quase um quarto (23%) das empresas aponta que a falta de dados sobre o comportamento do cliente ainda é um desafio.

No Brasil, duas em cada três (68%) empresas afirmam já ter programas para recompensar os clientes. No entanto, 16% declaram não ter dados necessários para tomar decisões inteligentes sobre a fidelidade do cliente, enquanto outros 12% afirmam não possuir a tecnologia necessária para manter os programas.

Ainda assim, 20% dos varejistas pretendem criar experiências personalizadas para sua base de clientes e outros 23% buscarão compreender o comportamento do cliente para personalizar a experiência com foco em aumentar receita em 2024.

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