Após um período de dois meses seguidos em alta, as vendas do comércio varejista registraram queda de 1,7%, na maior retração de setor em 2021, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo informações divulgadas ontem, além da maior queda, o índice representa a segunda maior retração para um mês de junho desde o início da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), em 2000.
Com o resultado de junho, o varejo se encontra 2,6% acima do patamar registrado no período pré-pandemia. No primeiro semestre, o setor acumulou 6,7% e, nos últimos 12 meses, 5,9%. No entanto, o resultado veio abaixo do esperado, uma vez que a expectativa era de 0,7% de alta nas vendas em junho na comparação com maio e de 9,1% frente junho de 2020.
Além disso, cinco entre as oito atividades varejistas pesquisadas apresentaram diminuição das vendas entre maio e junho, sendo que a frente mais prejudicada foi a de tecidos, vestuário e calçados.
Segundo analistas do Mitsubishi UFJ Financial Group, Inc (MUFG), “o resultado do segundo trimestre foi pior do que o esperado como consequência da revisão dos meses anteriores. O crescimento do segundo trimestre seria de 3,5% sem essas revisões, mas depois disso o crescimento trimestral foi reduzido para 3,0%. Como alguns indicadores de consumo e indicador de confiança do comércio apresentaram bons resultados em julho e com a retomada avançada da atividade econômica em meio à queda de casos e óbitos da Covid 19, esperamos um melhor desempenho na próxima divulgação.”
Para eles, em relatório, “para os próximos meses, mantemos nossa expectativa de uma recuperação mais sólida da atividade econômica, assumindo um estágio mais avançado de vacinação, principalmente em São Paulo, que completará a aplicação de pelo menos a primeira dose da vacina na população adulta (18 anos) antes do final de agosto.”
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