Vendas no varejo cresceram 0,1% em maio

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Comercio varejista (Foto: divulgação)
Comercio varejista (Foto: divulgação)

O volume de vendas no comércio varejista teve variação positiva de 0,1% na passagem de abril para maio. Esta foi a quinta alta consecutiva do indicador. Apesar disso, o ritmo de crescimento vem caindo desde janeiro, quando houve um aumento de 2,3% no volume.

Em fevereiro e março, as taxas chegaram a 1,4%, enquanto em abril, o setor cresceu 0,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na média móvel trimestral, o comércio varejista teve alta de 0,7%. No acumulado do ano, o setor cresceu 1,8%.

Por outro lado, houve queda de 0,2% na comparação com maio de 2021 e de 0,4% no acumulado de 12 meses.

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Na passagem de abril para maio, seis das oito atividades do varejo tiveram alta: livros, jornais, revistas e papelaria (5,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,6%), tecidos, vestuário e calçados (3,5%), combustíveis e lubrificantes (2,1%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2%) e híper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1%).

Duas atividades tiveram queda: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%) e móveis e eletrodomésticos (-3%).

A receita nominal cresceu 0,4% de abril para maio, 2,8% na média móvel trimestral, 17% na comparação com maio de 2021, 16,8% no acumulado do ano e de 13,6% no acumulado de 12 meses.

O varejo ampliado, que também inclui materiais de construção e veículos, teve crescimento de 0,2% de abril para maio. Os veículos, motos, partes e peças tiveram queda de 0,2%, já os materiais de construção recuaram 1,1%. O segmento do varejo ampliado teve queda de 0,7% na comparação com maio de 2021. Foram registradas altas de 1% no acumulado do ano e de 0,3% no acumulado de 12 meses.

Segundo Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modalmais, “o volume de vendas no varejo decepcionou as expectativas em ambos os conceitos no mês somente em relação ao índice agregado. A partir das leituras mensais do IBGE, projetamos crescimento do IBC-Br de 0,3% no mês de maio.”

Já de acordo com José Márcio Camargo, Eduardo Ferman, Yihao Lin, Perla Rocha e Diogo Albuquerque, da Genial Investimentos, “o resultado mais fraco que o projetado pelo mercado decorre da queda no grupo de móveis & eletrodomésticos (-3,0% m/m), com recuo de -6,2% em eletrodomésticos e de -4,0% em móveis. Esse segmento após uma queda abrupta no início da pandemia, apresentou um forte crescimento, diante do aumento do consumo de bens (comércio eletrônico). Entretanto, com a aceleração inflacionária, ruptura das cadeias globais de produção e elevação dos juros, o cenário para o segmento se deteriorou, sendo o grupo varejista mais distante do nível pré-pandemia (13,9% abaixo). Esse é um setor mais sensível ao crédito, em que perde ritmo num contexto de elevação das taxas de juros. Além disso, cabe destacar o desempenho negativo dos outros artigos de uso pessoal, que recuaram 2,2% m/m.”

A análise também lembra que “as políticas de estímulo do governo com aumento da renda disponível das famílias devem atenuar desaceleração do setor varejista no segundo semestre. O aumento de renda das famílias com a combinação da redução do ICMS em itens essenciais e elevação das transferências de renda (PEC dos benefícios), deve ser convertido não só na quitação de dívidas com também direcionada ao consumo.”

 

Com informações da Agência Brasil

 

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