O comércio lojista do Rio de Janeiro estima um aquecimento nas vendas durante o verão e o Carnaval superior a 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Como estratégia estão estimulando os consumidores com promoções, descontos, brindes e forma de pagamento diferenciado. A estimativa é do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (Sindilojas-Rio).
Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDL-Rio e do Sindilojas-Rio, o verão e o Carnaval têm significado especial para o comércio carioca. É uma estação que coincide com a alta temporada turística, reunindo ao mesmo tempo férias escolares e o Carnaval. “Essas coincidências colaboram para o crescimento das vendas, principalmente de produtos da estação, como moda de praia, roupas feminina e infantil especializadas, acessórios para fantasias e souvenires, estas beneficiadas pelo Carnaval. Os lojistas estão animados com o grande número de visitantes que estão na cidade e esperam uma presença ainda maior do número de turistas nacionais e estrangeiros para a folia”, diz Aldo.
Dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam que o Índice de Confiança do Comércio (Icom) ficou estável em dezembro, ao se manter no nível de 87,2 pontos, menor patamar desde abril (85,9 pontos). Na métrica de médias móveis trimestrais, houve queda de 4,9 pontos, segunda queda seguida após oito meses consecutivos de resultados positivos.
Apesar da estabilidade no mês, houve alta em quatro dos seis principais segmentos do setor. No horizonte temporal, ocorreram resultados distintos. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 1,0 ponto para 88,7 pontos, menor desde março (87,6 pontos). Os dois indicadores que compõe o ISA-COM também tiveram queda no mês, o volume de demanda atual caiu 1,2 ponto e a situação atual dos negócios 0,7 ponto.
Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,9 ponto, para 86,1 pontos, influenciado pela melhora do indicador que projeta a tendência dos negócios seis meses a frente, que subiu 2,8 pontos para 89,8 pontos. No entanto, no horizonte de mais curto prazo, as vendas previstas não se mostram otimistas. O indicador recuou 0,9 ponto para 82,8 pontos, o menor patamar desde março de 2021 (68,8 pontos).
Depois de registrar forte queda em novembro e estabilidade em dezembro, a confiança do comércio encerrou o quarto trimestre em queda. A piora no trimestre foi mais influenciada por uma acentuada queda do ISA-COM, reforçando o cenário de desaceleração da demanda no setor. Pelo lado das expectativas, também houve queda, mas em ritmo menos intenso. A confiança do comércio encerrou 2022 perdendo parte do que foi recuperado ao longo do ano.