O mantra de que a descoberta de grandes reservas de petróleo resulta, como regra, em subdesenvolvimento e regimes autoritários é uma daquelas meias verdades que escondem, no entanto, o essencial. A verdadeira maldição que ataca nações ricas em petróleo é a cobiça de nações desenvolvidas, não raro, os Estados Unidos, que, recorrendo aos mais diversos expedientes, como golpes de Estado, pressão econômica e ações de desestabilização política e econômica, impedem que essa riqueza seja desfrutada por seus verdadeiros donos.
Fôlego
O Impostômetro atingirá a marca de R$ 700 bilhões nesta sexta, apenas um dia após da mesma marca ter sido atingida no ano passado. O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, disse que o painel eletrônico que marca quanto o brasileiro paga de tributos à União, aos estados e municípios mostra uma queda na arrecadação de 0,27% em termos nominais (sem descontar a inflação). “Apesar da queda da arrecadação de tributos federais, a destinada ao INSS e ao FGTS cresceu. Além disso, a arrecadação dos estados e municípios, sem descontar a inflação, tem se mantido, apesar de que em termos reais, com desconto da inflação, houve queda de aproximadamente 5%”, analisa.
Ela é carioca
A importância de um tipo específico de rocha, o gnaisse facoidal, na construção da cidade do Rio de Janeiro e dos aspectos culturais que moldaram seu povo e transformaram sua paisagem em um ícone turístico para o país. Este é o tema de estudo da geóloga Katia Mansur, coordenadora do Projeto Caminhos Geológicos do Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ), que profere nesta sexta a palestra “A mais carioca das rochas”. O gnaisse facoidal dá forma ao Pão de Açúcar e ao Corcovado, por exemplo, e foi usado na construção de grande parte dos monumentos históricos da cidade. A palestra será no Palácio Gustavo Capanema – Auditório Moniz Aragão (Rua da Imprensa, 16 – 7º andar – Centro/RJ).
Déficit de credibilidade
A Fitch Ratings acredita que o Brasil “necessita dar início ao processo de consolidação fiscal, a fim de preservar sua credibilidade no setor fiscal, tendo em vista que a esperada recuperação econômica começa a se materializar”. Apesar de falharem ao não realizar necessária autocrítica pelos graves erros na concessão de ratings para empresas e papéis, as agências de classificação, como a Fitch, ainda acreditam ter credibilidade para dar receita para governos e nações. No caso, receita para abortar a retomada do crescimento. Como já alertou o economista Nouriel Roubini, e enfatizou nesta quinta o ministro britânico Alistair Darling, o risco de uma crise em “W” (queda forte, leve recuperação, nova queda antes da saída do fundo do poço) ainda é grande – sem precisar da “ajuda” das empresas de rating.
Trio calafrio
Um ex-genro, um ex-professor e um sempre lobista de multinacionais assumiram inglória tarefa: defender a distribuição dos recursos do bilhete premiado pré-sal a meia dúzia de acionistas de empresas privadas, quase todas do exterior.