Os vereadores de São Paulo aprovaram, nesta quarta-feira, a CPI da Enel. A comissão quer investigar os péssimos serviços prestados pela Enel Distribuição São Paulo, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica no município de São Paulo.
Segundo o vereador João Jorge (PSDB), a CPI terá prazo de 120 dias, que poderá ser prorrogado, com a finalidade de apurar falta de assistência, o serviço deficitário prestado, as constantes faltas de luz em decorrência da falta de manutenção e poda preventiva de árvores ao redor dos cabos.
A instalação da CPI está agendada para esta quinta-feira, às 13h, na Câmara. A comissão terá sete integrantes e será presidida por João Jorge.
Na manhã desta quarta-feira, de acordo com a Enel, ainda havia cerca de 11 mil de imóveis na cidade sem energia, desde a tempestade da última sexta-feira. A Enel havia se comprometido a restabelecer o fornecimento até esta terça-feira, o que não ocorreu.
O requerimento da CPI foi apresentado por João Jorge, que justifica a abertura da CPI por causa do prolongado tempo para o restabelecimento da energia e os danos causados aos moradores do município:
– Na data desse requerimento, milhares de consumidores ainda não tiveram sua energia restabelecida. Considerando os amplos danos e prejuízos causados devido à falta de energia para a municipalidade, considerando que os atuais problemas são apenas a culminação de uma série de crescentes de problemas enfrentados pelo consumidor paulistano em relação ao fornecimento de energia.
O requerimento ainda ressalta que a concessionária teria reduzido seu quadro de pessoal e atrasado o cronograma de investimentos. O pedido cita:
– As notícias de que a empresa reduziu em seu quadro de funcionários em 36% desde que adquiriu o controle da antiga Eletropaulo em dezembro de 2018, enquanto as reclamações sobre o serviço prestado disparam no período e o atraso no cronograma de investimentos que deveriam ser feitos pela concessionária.
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