O governo brasileiro, que exerce em 2025 a presidência do Brics, anunciou o ingresso formal do Vietnã como país parceiro do bloco. É o décimo parceiro admitido e se junta a Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. A categoria de país parceiro foi criada na 16ª Cúpula do Brics, em Kazan, em outubro de 2024.
Com uma população de quase 100 milhões de habitantes e uma economia dinâmica fortemente integrada às cadeias globais de valor, o Vietnã destaca-se como um ator relevante na Ásia. O país compartilha com os membros e parceiros do Brics o compromisso com uma ordem internacional mais inclusiva e representativa. Sua atuação em prol da cooperação Sul-Sul e do desenvolvimento sustentável reforça a convergência com os interesses do bloco, segundo o governo brasileiro.
O Brics é um grupo político-diplomático formado, em 2009, por quatro nações emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China (ainda como Bric, termo criado por um analista da Goldman Sachs em um artigo sobre economias emergentes em 2001); a África do Sul se juntou em 2011, oficializando a sigla atual.
Em 2024, o Brics se expandiu ao reunir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Em janeiro de 2025, a Indonésia entrou oficialmente como membro pleno do bloco, marcando a primeira expansão do grupo sob a presidência brasileira, iniciada em 1º de janeiro último.
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Como país parceiro, Vietnã tem convite garantido para cúpulas do Brics
Os países parceiros têm convite garantido para a Cúpula do bloco, para a reunião de ministros das Relações Exteriores e podem integrar outros espaços de discussão do fórum dos Brics, após consulta aos países-membros e decisão por consenso.
Os parceiros podem ainda endossar as Declarações de Cúpula do Brics, Conjuntas dos ministros das Relações Exteriores do Brics, bem como outros documentos finais.
O processo de adesão como país parceiro do Brics é realizado em etapas. A primeira, são consultas informais realizadas pela presidência de turno, seguindo critérios como equilíbrio geográfico e de manutenção de boas relações diplomáticas com todos os membros do grupo.
Em seguida, os líderes do agrupamento decidem por consenso convidar os países a somarem-se à categoria de país parceiro. Finalizadas as consultas, a divulgação dos novos parceiros acontece na medida em que eles aceitam o convite.