Você é um bom líder para todas as gerações?

Como liderar equipes com integrantes de várias faixas etárias, e diversas gerações, promovendo um ambiente colaborativo com a metodologia OKR. Por Pedro Signorelli,

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Atualmente, em empresas de vários segmentos, é cada vez mais comum a existência de times formados por integrantes de idades diferentes, o que pode ter suas vantagens e desvantagens. No entanto, essa diferença de idade pode, às vezes, causar distanciamento entre as pessoas, e cabe à liderança corrigir essa questão, que geralmente começa quando o próprio líder não consegue lidar com todas as gerações.

É compreensível que um líder de determinada idade tenha mais afinidade com pessoas que estejam próximas à sua faixa etária, mas isso não pode se tornar um motivo para diferenciação. Por exemplo, se eu sou um líder mais velho, só irei considerar o que os colaboradores mais velhos falam e não darei ouvidos aos mais novos? O mesmo vale para líderes mais jovens que não escutam os colaboradores mais experientes.

Sabemos que ser um bom líder não é tarefa fácil e que isso não acontece da noite para o dia. Trata-se de um processo que pode ser demorado. O gestor que ocupa essa posição precisa estar preparado e disposto a se aprimorar todos os dias, fazendo melhorias em sua postura para desenvolver uma conduta adequada ao cargo que exerce. Muitas vezes, é preciso abandonar comportamentos que não fazem mais sentido.

Afinal, um bom líder precisa desenvolver algumas habilidades essenciais ao longo do tempo, como ter uma escuta ativa, ser justo e imparcial nas decisões do dia a dia, aprender a delegar tarefas e criar um ambiente de trabalho seguro, onde os colaboradores possam compartilhar ideias, expor dúvidas e até mesmo fazer críticas construtivas.

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O fato é que agir dessa forma já é um grande desafio para muitos, e ele se torna ainda maior quando a empresa conta com uma equipe composta por pessoas de várias faixas etárias. Mas por que isso seria um desafio? Quando temos pessoas de idades diferentes, precisamos adequar nossa forma de comunicação e abordagem para garantir que cada grupo compreenda a mensagem corretamente.

Vejo muitos comentários negativos sobre a Geração Z, por exemplo, composta por pessoas entre 14 e 28 anos. Mas será que eles são realmente esse “terror dos gestores”, como vêm sendo classificados em diversas matérias que li, ou será que os líderes é que não estão sabendo lidar com eles? A partir do momento em que temos pessoas de diferentes gerações trabalhando ao nosso lado, é fundamental oferecer a devida orientação.

Nesse sentido, acredito que os OKRs — Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados-Chave) — podem ajudar os líderes a se tornarem bons para todas as gerações. Se estamos buscando alcançar resultados por meio de metas ambiciosas, pouco importa a idade de quem está contribuindo, desde que sejam levantadas hipóteses e dados para, posteriormente, identificar quais se confirmaram verdadeiras e foram validadas e quais não.

Dessa maneira, essa metodologia estimula o trabalho em equipe e incentiva cada colaborador a desempenhar sua função da melhor maneira possível. Isso facilita a colaboração entre pessoas de diferentes faixas etárias, promovendo um time multigeracional mais forte e produtivo.

Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs.

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