De acordo com os resultados da Pesquisa Mensal de serviços, realizada pelo IBGE e analisada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), o volume de serviços teve, em janeiro de 2016, um decréscimo de 8,3% na comparação com janeiro de 2015. No indicador acumulado em 12 meses arrefeceu 6,6%. Na mesma pesquisa, a receita nominal de serviços apontou, em janeiro de 2016, o decréscimo de 2,1%, na comparação com janeiro de 2015. E no indicador acumulado de 12 meses, houve uma retração de 1,5%.
O volume de serviços, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, apontou retração em todas as atividades, exceto os serviços prestados às famílias que apresentou expansão de 0,6%. Quanto às atividades que retraíram cabe destacar o resultado para serviços profissionais, administrativos e complementares que registrou a maior variação (-21,9%).
A receita nominal de serviços, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, as principais atividades que marcaram queda foram: serviços profissionais, administrativos e complementares (-15,4%); e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,3%).
Os resultados acumulados do volume, nos últimos 12 meses, retraíram 6,6% em relação ao mesmo período de 2015. Nesta análise, a atividade outros serviços (-17,0%) apresentou a maior retração, seguido pelas atividades de serviços profissionais, administrativos e complementares (-14,6%); serviços de informação e comunicação (-6,1%); serviços prestados às famílias (-2,8%); e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,6%).
Os resultados acumulados da receita nominal, nos últimos 12 meses, apontaram queda de 1,5% em relação ao mesmo período de 2015. Nesta análise, as atividades de outros serviços; serviços profissionais, administrativos e complementares; e serviços de informação e comunicação decresceram 10,0%; 8,0% e 4,2%, respectivamente. Em sentido oposto, os serviços prestados às famílias (6,4%) e Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,3%) marcaram expansão.
Dos dados do volume de serviços por Unidades da Federação, em janeiro de 2016, na comparação com igual mês de 2015, apenas sete UFs apresentaram variações positivas, com destaque para Mato Grosso (17,5%), Distrito Federal (13,3%), Roraima (11,2%), Alagoas (6,3%), Mato Grosso Sul (3,8%), Rondônia (1,4%) e Ceará (0,4%). Por outro lado, as unidades que apontaram as maiores variações negativas no volume foram: Amapá (-19,1%), Amazonas (-14,0%) e Pernambuco (-11,4%).
Na mesma análise, as principais UFs que ampliaram a receita nominal de serviços foram: Mato Grosso (25,9%), Distrito Federal (15,4%), Roraima (15,4%) e Mato Grosso do Sul (10,1%). Por outro lado, as Unidades que apontaram maiores variações negativas na receita foram: Amapá (-19,4%), Amazonas (-11,2%), Espírito Santo (-8,3%), Maranhão (-7,6%) e Pernambuco (-7,1%).
O volume das atividades turísticas, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, ampliou mais intensamente para o Distrito Federal (18,3%), em seguida, São Paulo (1,8%), Ceará (1,7%), Goiás (0,6%) e Bahia (0,2%). Por outro lado, os principais impactos negativos vieram do Rio Grande do Sul (-7,0%), Espírito Santo (-5,4%) e Minas Gerais (-3,4%).
A receita nominal das atividades turísticas, quando comparada com o mesmo mês do ano anterior, ampliou mais intensamente para Distrito Federal (7,6%), Bahia (6,0%), Santa Catarina (4,3%), e Rio de Janeiro (3,5%). Em sentido oposto, o Pernambuco (-4,2%), Minas Gerais (-2,0%), Rio Grande do Sul (-0,7%), Ceará (-0,4%) e Goiás (-0,4%) puxaram o indicador para baixo.
IPC de Salvador registra elevação de 0,79%
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Salvador apresentou, em fevereiro, incremento de 0,79%, inferior à taxa apurada em janeiro (1,65%). Em fevereiro de 2015, o IPC havia registrado variação de 1,12%, segundo dados da SEI.
No acumulado dos últimos 12 meses (mar. 2015-fev. 2016), a taxa situou-se em 11,11%, resultado inferior ao acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (fev. 2015-jan. 2016), que foi de 11,47%.
Em fevereiro de 2016, os produtos/serviços que tiveram maiores contribuições positivas na formação da taxa, com suas respectivas variações de preços, foram: diária de hotel (119,51%), gasolina (4,26%), álcool etanol (11,90%), empregado domestico (4,10%), cruzeiro marítimo (14,60%), móvel para sala(8,35%), pacote turístico (3,44%), produto para pele (6,78%), feijão mulatinho (7,41%) e feijão rajado (6,52%). Em contrapartida, os produtos cujos preços exerceram maiores pressões negativas foram: transporte intermunicipal (16,07%), passagem aérea (16,86%), automóvel novo (0,65%), tênis de adulto (8,23%), camiseta, blusa e blusão feminino (4,72%), acessórios e peças de veículos (4,31%), gás de cozinha (1,97%), cursos pré-vestibular(3,87%), artigos de plástico (11,11%) e televisor (7,63%).
Ressalta-se que, dos 374 produtos/serviços pesquisados mensalmente pela SEI, 203 registraram alta nos preços, 76 não tiveram alterações e 95 registraram decréscimos.
Levando-se em conta apenas os reajustes individuais, os produtos cujos preços mais aumentaram, em fevereiro do ano corrente, foram: diária de hotel (119,51%), abóbora (39,76%), teatro (26,67%), tapete (20,60%), roupa íntima infantil (16,17%), cenoura (16,16%), cruzeiro marítimo (14,60%), pimentão (12,20%), etanol (11,90%) e alface (11,34%).
Confiança do empresariado baiano melhora seu patamar em fevereiro
O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), índice que avalia as expectativas das entidades representativas do setor produtivo do estado, calculado pela Superintendência, apresentou, em fevereiro de 2016, um quadro de menor pessimismo comparativamente ao mês anterior.
O indicador de fevereiro assumiu a terceira pior marca de sua sequência. O indicador marcou -480 pontos no referido mês, melhora de 48 pontos em relação a janeiro, quando atingiu o mais baixo valor de sua série, -528 pontos. O resultado de fevereiro sucede uma piora de 19 pontos em dezembro e outra de 49 pontos em janeiro.
Com o abrandamento ocorrido em fevereiro, a expectativa geral do empresariado baiano retornou à zona de pessimismo, deixando a de grande pessimismo frequentada no mês antecedente. A melhora do nível de confiança observada neste mês, no entanto, não foi disseminada setorialmente, pois dois segmentos ampliaram o pessimismo: agropecuária e comércio.
A agropecuária demonstrou leve piora da confiança em fevereiro, recuo de 8 pontos, mas se manteve como atividade menos pessimista. No mês anterior, o setor registrou -355 pontos e, agora, -363 – menor nível de sua série. As expectativas da Indústria, após três quedas seguidas, melhoraram, passando de -507 para -414 pontos, revelando o maior avanço entre os indicadores setoriais de confiança – elevação de 93 pontos. O nível de confiança do setor de serviços recuperou 58 pontos de um mês ao outro, passando de -576, em janeiro, para -518 em fevereiro. Apesar do segundo maior avanço entre os setores, serviços continuou com o posto de mais pessimista. O maior recuo da confiança no mês – diminuição de 33 pontos – ficou com o Comércio, que assumiu o posto de segundo setor mais pessimista. O indicador do setor de Comércio passou de -477 para -510 pontos de um mês ao outro.
No mês de fevereiro, o avanço da confiança foi motivado pela melhora da avaliação tanto do cenário econômico quanto da performance das empresas. Enquanto o indicador de confiança, para as variáveis econômicas, registrou -573 pontos, aquele referente ao desempenho das empresas marcou -433 pontos. A melhora da percepção, para ambos os recortes, não foi generalizada, pois não acometeu todos os setores investigados.
Em fevereiro, mais uma vez, todas as variáveis obtiveram avaliações negativas. PIB nacional e PIB estadual foram as variáveis com piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, apesar de negativas, exportação e câmbio foram aquelas com indicadores de confiança menos pessimistas.
Pela sondagem, 61,9% dos entrevistados indicaram redução igual ou superior a 1% do PIB nacional no futuro; para o PIB estadual, esse percentual ficou em 47,1% dos representantes patronais; no que concerne à expectativa para as exportações, 44,0% apostam na estabilidade da demanda externa; e 38,6% apontaram o câmbio como favorável nos próximos 30 dias.