Volume nas represas que abastecem a Grande São Paulo cai

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As represas que abastecem a Grande São Paulo fecharam agosto em níveis mais baixos que os registrados em igual período do ano passado, apesar de as chuvas terem ficado acima da média em todos os reservatórios da região, alerta a RBA. Os reservatórios estavam em 56,4%, 12,6 pontos percentuais menos, ou 246 milhões de litros de água, volume suficiente para abastecer a Grande São Paulo por aproximadamente três meses.

A pior situação é a do Sistema Cantareira, conjunto de represas que abastece 8,1 milhões de pessoas na região metropolitana da capital paulista. O sistema fechou agosto com 47,9% da capacidade – contra 50,3% no ano passado – operando no chamado estado de atenção. A partir de 40% da capacidade tem início o estado de alerta e a redução da retirada de água pela Sabesp. Com exceção do sistema São Lourenço, todos os demais estão abaixo dos níveis registrado em 2019.

O sistema Alto Tietê registrava 90,6%, em 2019, hoje está com 65,2%. A represa de Guarapiranga estava com 84,6% no ano passado, agora tem 50,8%. O reservatório de Cotia tinha 95,5%, mas agora está com 75,1%. O sistema Rio Grande, na represa Billings, operava com 98,8% da capacidade, há um ano, agora opera com 77,4%. E o sistema Rio Claro tinha 101,9%, hoje tem 68,3%. Os dados são do monitoramento de mananciais da Sabesp.

O professor Ricardo Moretti, do Programa de Planejamento e Gestão do Território da Universidade Federal do ABC, considerava a situação preocupante já em junho. “A Grande São Paulo vive em risco de falta de água o tempo todo. Temos uma das mais baixas disponibilidades hídricas – quantidade de água disponível – do mundo. Um outono muito seco é preocupante, já que a mudança no clima está tomando ares dramáticos e traz insegurança sobre as chuvas do verão. É um quadro muito grave”, avaliou em entrevista à RBA.

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