A cobrança de recarga para elétricos é iminente. Além de empresas voltadas a esse negócio, que só tendem a crescer, agora as fabricantes de veículos também passam a cobrar por seus eletropostos. Está começando pela Volvo, a que mais investe em infraestrutura, e deve ganhar repercussão.
Antes que gere antipatia pela decisão, é preciso explicar. A Volvo Car Brasil investe em eletropostos gratuitos no País desde 2017 e conta com mais de mil pontos.
Executivos brasileiros foram à Suécia no ano passado pedir investimentos para postos de recarga rápida e conseguiram convencer a matriz a aportar R$ 70 milhões. Cada ponto custa cerca de R$ 600 mil e a Volvo planeja construir 101 deles em rodovias. Até agora, já foram 52, que cobrem 19 mil km de estradas em quatro regiões do Brasil (Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste).
Dados do aplicativo Volvo Car Eletropostos mostram que 76% dos clientes não são da marca: 42% têm carros da BYD, 13% GWM, 12% Caoa Chery e apenas 24% são donos de Volvo. Por dia, são 500 recargas, que passam a ser cobradas.
A cobrança inclui sua rede conectada, a partir de 10 de julho, com uma tarifa de R$ 4 o kWh. Para efeito comparativo, numa residência o kWh fica abaixo de R$ 1 e, em postos onde já existe a cobrança, o custo gira em torno de R$ 2.
Haverá ainda uma taxa de conectividade por carregamento de R$ 2,50 e uma taxa de ociosidade de R$ 5 o minuto, após o 16º minuto que o veículo atingir 100% de carga.
Clientes Volvo terão gratuidade da taxa de conectividade e recarga. Apenas a tarifa de ociosidade será cobrada.
A Volvo quer formar o que chama de “pacto de eletrificação” com outras empresas, cujos clientes fazem uso de seus eletropostos. Até agora, o presidente Marcelo Godoy disse que não teve retorno ou apoio de outras marcas.
GWM abre plano de assinatura e doa wallbox para modelos plug-in
A GWM Brasil apresentou o novo serviço de assinaturas. A parte operacional ficará a cargo das locadoras Localiza, Unidas, Movida e LM.
Inicialmente disponível para a linha Haval H6, os planos têm preços a partir de R$ 4.389 para o Haval HEV2 em planos de 12, 24, 36 ou 48 meses, com quilometragem mensal de 1.000 a 3.000 km.
Ao adquirir a assinatura, o cliente fica isento de seguro, manutenção ou impostos, o que já está incluído no valor da prestação. Um dos diferenciais, segundo a GWM, é o tempo de entrega: de 10 a 15 dias, o que a marca garante ser o menor do mercado.
Ao escolher a contratação de um modelo plug-in, o cliente ainda ganhará um carregador wallbox de 7 kW, que não precisa ser devolvido ao fim do plano. A previsão é que, por volta de agosto, o Assinaturas GWM também esteja disponível para a linha Ora 03.
Melhora do crédito ajuda vendas no semestre, com liderança do Polo
Com alta de 15,3% nas vendas de veículos leves no semestre ante o mesmo período de 2023, a Fenabrave, entidade que representa as concessionárias no País, avalia que a alta tem relação direta com a disponibilidade de crédito para financiamentos, após aumento médio de mais de 11% na oferta de crédito pelos bancos.
“Isso impulsiona o consumo, atrelado à maior confiança do consumidor e empresário na economia do País”, afirmou Andreta Junior, presidente da Fenabrave.
No balanço dos seis primeiros meses do ano, o Volkswagen Polo disparou na liderança à frente da Fiat Strada nos emplacamentos. A Volks também leva a melhor nos SUVs, por ter o T-Cross como utilitário-esportivo mais vendido. Confira a seguir o ranking dos dez mais vendidos no semestre.
Top 10 dos mais vendidos de janeiro a junho de 2024:
Modelo | Unidades |
---|---|
1º Volkswagen Polo | 57.862 |
2º Fiat Strada | 56.597 |
3º Chevrolet Onix | 43.603 |
4º Hyundai HB20 | 42.696 |
5º Fiat Argo | 39.624 |
6º Fiat Mobi | 32.240 |
7º Volkswagen T-Cross | 31.519 |
8º Hyundai Creta | 30.531 |
9º Chevrolet Onix Plus | 29.907 |
10º Chevrolet Tracker | 28.865 |
Fonte: Fenabrave